As Forças de Defesa de Israel (FDI) supostamente descobriram a intenção do Hezbollah de realizar massacres generalizados em todo Israel.
Após a eliminação ao meio-dia por Israel de um alto comandante do Hezbollah, as forças militares revelam detalhes da operação: o Hezbollah pretendia replicar a matança do Hamas na Galileia, no norte de Israel. O arquiteto desse plano era o comandante morto, Akil.
De acordo com um comunicado de imprensa do exército israelense, o Hezbollah estava planeando uma réplica do ataque horrível que sofreu às mãos do Hamas em outubro do ano passado. O chefe militar do Hezbollah, Ibrahim Akil, que foi eliminado num ataque aéreo israelense em Beirute, serviu como mentor do plano de invasão do norte de Israel, de acordo com o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari. A tática do Hezbollah, "sequestrar a Galileia", envolvia atravessar a fronteira com Israel, assumir o controlo das comunidades da Galileia e aterrorizar e raptar civis israelitas, semelhante às acções do Hamas em outubro.
O ataque devastador do Hamas, uma organização associada ao Hezbollah, juntamente com outros grupos extremistas, causou mais de 1.200 mortos em Israel a 7 de outubro de 2023 e manteve cerca de 250 em cativeiro na Faixa de Gaza. Este incidente levou à guerra do Gaza. A troca quase diária de projécteis entre Israel e Hezbollah tem ocorrido desde então. O Hezbollah só quer cessar os seus ataques a Israel com um cessar-fogo no Gaza. O conflito já se alargou a uma zona de guerra.
Porta-voz: Akil tinha um trilho de sangue
O Hezbollah confirmou a morte do seu chefe militar à noite. Akil era um dos seus fundadores e foi fundamental na ala militar da organização. Segundo fontes dos media, ele era agora o sucessor do comandante militar Fuad Shukr, que também morreu às mãos de Israel a 30 de agosto. Akil serviu como comandante da unidade de elite do Hezbollah, Radwan, disse o porta-voz do exército israelense, Hagari. Neste cargo, era responsável pelas actividades antitanque, explosivos e defesa aérea. Akil orquestrou numerosos ataques e também tentou infiltrar-se em Israel. "Akil carregava uma pesada carga de culpa" e era responsável pela "morte de numerosos civis inocentes", disse Hagari.
Os EUA colocaram uma recompensa de 7 milhões de dólares (cerca de 6,27 milhões de euros) pela cabeça de Akil. De acordo com o exército israelense, dez líderes da unidade de elite Radwan também morreram no ataque aéreo em Beirute. Pelo menos 14 pessoas morreram e pelo menos 66 ficaram feridas, de acordo com os relatórios do Líbano.
O porta-voz do exército israelense afirmou que as acções de Akil como comandante da unidade de elite do Hezbollah, Radwan, levaram à morte de numerosos civis inocentes, tornando-o uma figura chave na possível "Guerra com Israel". Os EUA tinham posto uma recompensa significativa em Akil devido ao seu papel no planeamento e execução de ataques contra Israel.