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As autoridades israelenses alertaram os Estados Unidos antes de executarem suas operações no Líbano na terça-feira, mas optaram por não divulgar os detalhes de sua estratégia, de acordo com fontes confiáveis.

Autoridades dos EUA foram informadas por autoridades israelenses que uma operação era iminente no Líbano na terça-feira, mas nenhum detalhe sobre a operação foi revelado, de acordo com informações de três fontes a par do assunto. Essas informações foram compartilhadas durante uma ligação pela...

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As autoridades israelenses alertaram os Estados Unidos antes de executarem suas operações no Líbano na terça-feira, mas optaram por não divulgar os detalhes de sua estratégia, de acordo com fontes confiáveis.

Falta de informações sobre a operação deixou oficiais dos EUA sem saber até que notícias sobre centenas de rádios-base explodindo vieram à tona pouco depois, segundo fontes.

A CNN descobriu que Israel estava por trás do ousado ataque, que aumentou a tensão em uma região já volátil. A operação foi uma empreitada conjunta entre a agência de inteligência de Israel, o Mossad, e as forças militares israelenses. O governo do Líbano condenou o ataque como "agressão criminosa israelense".

Na quarta-feira, rádios-bases explodiram em uma nova série de explosões no Líbano, segundo uma fonte de segurança informou à CNN. Ainda não está claro quem foi o responsável ou se os EUA foram alertados.

As explosões de terça-feira ocorreram enquanto o Secretário de Estado Antony Blinken estava a caminho de Washington para o Cairo, deixando diplomatas dos EUA atônitos enquanto assistiam aos eventos em tempo real em suas TVs a bordo.

O histórico de ações provocativas de Israel ao mesmo tempo em que Blinken visitava o Oriente Médio não é novo. No entanto, essa ação específica levantou preocupações sobre uma possível escalada regional que os EUA têm tentado evitar. Blinken afirmou que os EUA "não tinham conhecimento nem estavam envolvidos nessas incidentes".

Os EUA comunicaram ao Irã por meio de um canal secreto que eles não estavam envolvidos no ataque e pediram ao Irã que não exacerbasse a situação, segundo uma fonte dos EUA contou à CNN. De acordo com os meios de comunicação estatais do Irã, o embaixador do Irã no Líbano foi atingido pelos rádios-bases explodindo. Ao longo da quase guerra de um ano na Faixa de Gaza, os EUA têm enviado consistentemente mensagens indiretas a Teerã pedindo para não exacerbarem a situação.

Gallant e Austin tiveram uma segunda conversa na terça-feira depois que foi confirmado que milhares de membros do Hezbollah foram feridos por rádios-bases explodindo, mas os oficiais se recusaram a revelar os detalhes da discussão.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, esclareceu na terça-feira que "os EUA não estavam envolvidos" e "não tinham conhecimento desse incidente envolvendo a explosão esperada de centenas de rádios-bases no Líbano".

A formulação de Jean-Pierre foi precisa, observando que os EUA não receberam nenhum aviso prévio sobre os rádios-bases explodindo. O aviso da Israel foi vago e genérico, deixando os oficiais dos EUA confusos sobre a natureza da operação, de acordo com fontes.

Desde que o Hamas lançou seu ataque em 7 de outubro, Israel tem realizado frequentemente ataques no Líbano em resposta aos lançamentos de drones e mísseis do Hezbollah. Israel também tem como alvo oficiais seniores do Hamas no Líbano. A escala das operações de Israel no Líbano nos últimos 11 meses levantou preocupações sobre o que Israel pode estar planejando.

CNN's Jennifer Hansler contribuiu com a reportagem.

As tensões políticas no Oriente Médio foram ainda mais exacerbadas por esses recentes eventos. Dado o compromisso dos EUA em manter a paz na região, os oficiais estão de olho na situação para evitar qualquer escalada.

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