A União exerce pressão para combater a migração ilegal
O grupo parlamentar da CDU/CSU no Bundestag está a pressionar para que sejam rapidamente implementadas medidas concretas para travar a migração ilegal para a Alemanha.
Para o efeito, vai apresentar esta quinta-feira no Parlamento um projeto de lei que visa pagar aos refugiados as prestações mais baixas previstas na lei sobre o subsídio para os requerentes de asilo durante 36 meses, em vez de 18 meses. Só depois é que passam a receber as prestações mais elevadas, que correspondem aproximadamente à segurança social. Consequentemente, as prestações serão reduzidas. O projeto implementa a resolução aprovada pela Conferência dos Ministros Presidentes na semana passada, um a um, disse o líder do grupo parlamentar, Friedrich Merz, em Berlim.
Maior pressão para atuar devido ao aumento da migração
"A Chanceler Federal e a coligação podem assim provar esta semana que estão realmente a falar a sério sobre um Pacto Alemão para a Migração - pelo menos nesta parte", disse o líder da CDU. Para ele, a pressão para agir aumentou ainda mais depois de o presidente do Departamento Federal de Migração e Refugiados, Hans-Eckhard Sommer, ter declarado, numa carta dirigida à ministra federal do Interior, Nancy Faeser (SPD), que o número de pessoas que entraram na Alemanha nos últimos meses é superior ao número de pedidos de asilo registados. Sommer justificou este facto afirmando que os Estados federais têm atualmente atrasos consideráveis no registo dos requerentes de asilo.
"A urgência de tomar decisões rápidas sobre a questão da migração aumentou de facto mais uma vez", disse Merz. O líder do grupo regional da CSU, Alexander Dobrindt, tirou a seguinte conclusão da carta: "Isto mostra que ainda temos uma crise de migração". As resoluções aprovadas na Conferência dos Presidentes dos Ministros com o Chanceler Olaf Scholz (SPD) estão longe de ser suficientes e é urgente adotar outras. A pedido do grupo parlamentar CDU/CSU, o Bundestag vai discutir a carta e as suas consequências num debate de atualidade, esta quarta-feira.
Críticas à consulta planeada sobre a nova lei da cidadania
Neste contexto, o chefe dos deputados da CSU no Bundestag exprimiu o seu desagrado pelo facto de a coligação dos semáforos ter planeado discutir a nova lei da cidadania no Bundestag, pela primeira vez, no final de novembro. "Considero que se trata de uma provocação à CDU/CSU", afirmou Dobrindt. "É claro que mostra que não há uma verdadeira vontade de chegar a acordos com a CDU/CSU para travar a imigração ilegal".
Dobrindt criticou: "Esta lei da cidadania irá desencadear um forte efeito magnético para novos fluxos de refugiados ilegais. Por isso, é imperativo travar esta lei". Se quisermos resolver a crise migratória, temos de reduzir os efeitos de atração, ou seja, os incentivos para que os migrantes venham para a Alemanha. "E um outro grande efeito de atração está a ser criado aqui."
Fontewww.dpa.com