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A UE rejeita a queixa da Hungria em matéria de disputa petrolífera

Estação de recepção do gasoduto da Amizade na maior refinaria de petróleo da Hungria em...
Estação de recepção do gasoduto da Amizade na maior refinaria de petróleo da Hungria em Szazhalombatta.

A UE rejeita a queixa da Hungria em matéria de disputa petrolífera

Ucrânia suspende parte dos entregas de petróleo russo através de seu território. Hungria e Eslováquia acusam Kiev de violar um acordo e apresentam queixa à Comissão Europeia, que agora recebe uma resposta provisória.

No conflito sobre as novas sanções ucranianas contra a empresa russa Lukoil, a Comissão Europeia desinfla as críticas da Hungria e da Eslováquia. Um porta-voz em Bruxelas afirmou que, com base em uma análise inicial, não há indicações de que as sanções ameacem a segurança de suprimento na UE. Anteriormente, volumes faltantes de petróleo da Lukoil poderiam ser compensados por outros fornecedores russos. Eles podem continuar a bombear petróleo através do ramal sul do oleoduto Druzhba, que vai da Rússia através da Ucrânia para a Hungria e a Eslováquia.

Os ministros das Relações Exteriores da Hungria e da Eslováquia escreveram uma carta de queixa à Comissão Europeia e exigiram a intervenção da autoridade liderada por Ursula von der Leyen. Os dois países acusam a Ucrânia de violar um acordo de associação com a UE ao restringir o trânsito de petróleo da Lukoil. O acordo estabelece que o trânsito de bens energéticos não deve ser obstaculizado. O porta-voz da Comissão Europeia destacou que a Hungria e a Eslováquia podem agora fornecer mais informações. No entanto, consultas urgentes sobre o assunto não são consideradas necessárias pela autoridade.

Em princípio, há algum tempo uma proibição de importação de petróleo russo na UE. No entanto, há exceções para países que são particularmente dependentes do petróleo russo por sua localização geográfica. O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, chegou a exigir que o status isento de tarifas da Ucrânia seja revogado se ela não reverter a proibição de trânsito para a Lukoil. O ministro também destacou que a Hungria continuará a bloquear o pagamento de fundos da UE para suprimentos de armas e munições à Ucrânia se a decisão de Kiev permanecer inalterada. No total, isso corresponde a 6,5 bilhões de euros, segundo a Hungria.

Do ponto de vista de Szijjarto, o passo dado por Kiev é particularmente sério porque a Ucrânia importa muita eletricidade através da Hungria em troca. Na Hungria, também há preocupação de que a suspensão das entregas de petróleo russo possa levar a um aumento dos preços da gasolina para os consumidores. Se o governo húngaro responsabilizar a Ucrânia por isso, também seria um problema para a UE: muitas pessoas na Hungria já são críticas ao forte apoio militar da UE.

A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, aborda a queixa da Hungria e da Eslováquia, afirmando que, inicialmente, não há preocupações com a segurança de suprimento da UE devido às restrições da Ucrânia ao trânsito de petróleo da Lukoil. O porta-voz da Comissão incentiva a Hungria e a Eslováquia a fornecer mais informações, indicando que consultas urgentes não são consideradas necessárias neste estágio.

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