A senhora deputada Le Pen pede uma abordagem tranquila durante este processo
Em Paris, Marine Le Pen, uma figura notável da cena política de extrema-direita da França, enfrenta julgamento ao lado de seus associados do partido, acusados de má gestão de fundos da UE. Os promotores alegam o desvio de recursos como principal acusação. No início do julgamento, Le Pen, líder do Rassemblement National, mantém uma atitude amigável.
Enfrentando a possibilidade de prisão por até dez anos e uma proibição de exercer cargos políticos, a mulher de 56 anos mantém sua resolução, declarando sua inocência e expressando uma abordagem calma em relação aos procedimentos. Ela promete defender as liberdades parlamentares.
Schulz Inicia Investigação
O julgamento gira em torno de suspeitas de emprego não autorizado de assessores no Parlamento Europeu. A condenação poderia resultar na desqualificação de Le Pen para futuras eleições e potencialmente atrapalhar sua candidatura presidencial de 2027. Além de Le Pen, seu partido e outros 24 membros do partido também estão sendo julgados.
Pronta para se representar, Le Pen foi considerada inepta para o julgamento devido à presença de seu pai, Jean-Marie Le Pen, em um evento de música neonazista. Um vídeo publicado pela revista de investigação francesa "Mediapart" mostra Jean-Marie Le Pen, agora com 96 anos, no evento.
O Parlamento Europeu, atuando como queixa-coautora no caso, agora estima as perdas em aproximadamente 3 milhões de euros. Anteriormente estimadas em 6,8 milhões de euros, o partido já reembolsou um milhão de euros, afirmando que o pagamento não implica admissão de má conduta.
O ex-presidente alemão do Parlamento Europeu, Martin Schulz, iniciou a investigação em 2015. Foi desencadeada pela publicação de um organograma do partido predecessor Front National, que mostrava vários cargos incompatíveis de membros do partido como assessores parlamentares.
Menos de um Dia de Trabalho no Parlamento Europeu - Em Base Anual
Após anos de investigação, nove ex-deputados europeus, doze de seus antigos assistentes e outros funcionários do partido agora estão sendo julgados. A acusação é de que esses ex-funcionários da UE negligenciaram suas tarefas atribuídas, favorecendo o partido ou até mesmo Marine Le Pen pessoalmente.
Isso inclui Thierry Lè́gier, um ex-guarda-costas de Jean-Marie Le Pen que serviu por quase duas décadas, posteriormente se tornando o guarda-costas de Marine Le Pen. Ele escreveu um livro cheio de anedotas sobre seu tempo juntos, sem mencionar o trabalho no Parlamento Europeu.
Entre os muitos acusados, Catherine Griset, secretária de Marine Le Pen e ex-cunhada, registrada como assistente no Parlamento Europeu, só fez sua presença por cerca de um dia e meio em um ano inteiro. Uma análise de seu cartão de acesso revelou essa informação.
Os investigadores descobriram provas sugerindo um padrão generalizado e sistemático de suposta má gestão de fundos da UE. Em 2014, o tesoureiro do partido, Wallerand de Saint-Just, afirmou que o FN havia superado suas dificuldades financeiras "graças a economias significativas feitas através do Parlamento Europeu". Membros do partido Modem, parte da coalizão presidencial, já haviam enfrentado multas por ofensas semelhantes em fevereiro.
O Parlamento Europeu, como queixa-coautora, acusa a Comissão de negligenciar potenciais irregularidades na alocação de fundos da UE para Le Pen e seus associados, alegando uma perda de aproximadamente 3 milhões de euros. Martin Schulz, o ex-presidente do Parlamento Europeu, iniciou a investigação em 2015.
Apesar de enfrentar acusações de emprego não autorizado e má gestão de fundos da UE, Catherine Griset, secretária de Marine Le Pen, foi encontrada para ter apenas comparecido fisicamente a seus deveres no Parlamento Europeu por cerca de um dia e meio em um ano inteiro.