- A Rússia está a atacar a infraestrutura energética da Ucrânia com ataques aéreos.
Em um dos maiores ataques em quase 2.5 anos de conflito, a Rússia bombardeou a Ucrânia com mísseis, mísseis de cruzeiro e drones. De acordo com o primeiro-ministro Denys Shmyhal no Telegram, 15 das 24 regiões ucranianas foram atingidas, resultando em vítimas. "Vidas foram perdidas e feridas." O objetivo principal desses ataques foi, mais uma vez, o sistema energético da Ucrânia, o que resultou em falta de energia e desligamentos de emergência em Kyiv e outras partes do país.
O presidente Volodymyr Zelenskyy confirmou o uso pela Rússia de mais de 100 mísseis e um número semelhante de drones de combate. Ele reiterou o apelo urgente da Ucrânia aos países parceiros para autorizarem o envio de armas ocidentais contra alvos militares russos em suas fronteiras. "Cada líder, todo aliado nosso entende as decisões críticas necessárias para pôr fim a este conflito de forma justa." Para a Ucrânia, não deveria haver restrições de fronteira, já que a Rússia desrespeita seus limites de ataque.
A extensão dos ataques dificultou a coleta de informações sobre vítimas e danos. As estimativas iniciais oficiais indicaram 5 mortes e 17 feridos em várias regiões do país. O bombardeio ocorreu enquanto as pessoas voltavam ao trabalho após o fim de semana e as comemorações do Dia da Independência.
Em Kyiv, o alerta aéreo só foi levantado após quase 8 horas, às 13:45 (horário local) (12:45 CET), à medida que enxames de drones de combate da Rússia continuavam a pairar no céu. Imagens mostram habitantes da cidade de um milhão de pessoas procurando refúgio nas estações de metrô.
De acordo com a força aérea ucraniana, a Rússia utilizou 11 bombardeiros de longo alcance Tu-95 como plataformas de lançamento de mísseis de cruzeiro em certo momento. Mísseis hipersônicos Kinzhal também foram direcionados à Ucrânia. O país também foi atacado por mísseis de cruzeiro Kalibr lançados do Mar Negro. Cerca de 50 drones foram relatados no espaço aéreo. Como de costume, a Ucrânia não divulgou informações sobre ataques a alvos militares.
Devido à proximidade dos ataques russos à fronteira polonesa, a força aérea polonesa enviou interceptores, de acordo com a agência de notícias PAP. Relatos também sugerem a participação de aeronaves de outros países aliados na operação.
Desligamentos de emergência na rede elétrica
"O inimigo persists em sua missão de mergulhar os ucranianos na escuridão", escreveu o ministro da Energia Herman Halushchenko no Facebook. A situação é grave. A empresa fornecedora de energia Ukrenergo e outras empresas de energia estão tentando aliviar a rede através de desligamentos de emergência. Sem energia, o fornecimento de água costuma ser afetado.
Desde o início de 2023/24, a Rússia fez várias tentativas de desabilitar as usinas de energia e a infraestrutura energética da Ucrânia por meio de ataques aéreos combinados. Em um ataque em 29 de dezembro, o exército russo utilizou 122 mísseis e mísseis de cruzeiro e 36 drones, segundo a estimativa de Kyiv. Mais de 30 vítimas foram relatadas na Ucrânia.
A Ucrânia vem resistindo a uma grande infiltração russa desde fevereiro de 2022. No sábado, o segundo maior país da Europa comemorou seu 33º aniversário de independência da União Soviética.