A oposição quer processar o chefe de polícia da Tanzânia após as prisões
Após a prisão de mais de 520 apoiadores e sua liderança, o partido de oposição tanzaniano Chadema fez graves alegações contra a polícia. O líder do partido, Freeman Mbowe, anunciou planos para processar o chefe de polícia do país da África Oriental e um alto funcionário. Ele afirma que foi espancado e torturado após sua prisão, assim como outros membros da liderança do partido.
Mbowe, seu vice, e o ex-candidato à presidência Tundu Lissu, junto com outros membros do partido, foram presos no fim de semana em Mbeya, no sudoeste da Tanzânia. Um evento para jovens organizado pelo partido havia sido planejado lá, mas a polícia havia proibido, alegando temores de caos e perturbação da paz pública.
Lissu, que também é advogado, anunciou planos para processar pela proibição ilegal do evento, bem como pela prisão arbitrária e tortura. Ele insistiu que não havia evidências de que o evento causaria caos.
Lissu havia recentemente retornado à Tanzânia após anos de exílio, após o anúncio da presidente Suluhu Hassan do fim da proibição de manifestações políticas.
Após sua prisão, Mbowe e outros líderes do partido entraram com ações contra o chefe de polícia e um alto funcionário, alegando tortura e maus-tratos. Após a proibição do evento para jovens, Lissu planeja processar pela sua implementação ilegal e pela prisão arbitrária de membros do partido.