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À medida que aumentam os relatos de crimes de ódio contra muçulmanos, eis como pode ajudar

À medida que a crise se agrava no Médio Oriente, aumentam também os relatos de crimes de ódio nos EUA.

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À medida que aumentam os relatos de crimes de ódio contra muçulmanos, eis como pode ajudar

Na Geórgia, um professor do ensino secundário foi preso depois de alegadamente ter ameaçado decapitar um aluno muçulmano de 13 anos.

Mas a maioria dos incidentes de islamofobia não faz manchetes - ou sequer é noticiada.

Esta recente onda sem precedentes de preconceito contra os muçulmanos levou a Casa Branca a anunciar uma estratégia nacional para combater a islamofobia.

Corey Saylor, do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR), diz que sua organização recebe diariamente relatos de islamofobia, incluindo incidentes em que as pessoas provavelmente poderiam ter ajudado. Num caso, dizem, uma mulher foi assediada verbalmente numa mercearia cheia de gente sem que uma única pessoa viesse em seu auxílio.

Saylor diz que isso contrasta fortemente com um incidente recente no aeroporto de Fort Lauderdale, onde uma mulher muçulmana foi assediada por um homem que a filmou e ameaçou "denunciá-la" às autoridades. Dois transeuntes sentaram-se imediatamente ao lado dela. Outros juntaram-se à volta da vítima. Do outro lado da sala, uma mulher sacou do telemóvel e começou a gravar o homem, tendo depois publicado o vídeo no TikTok.

Saylor diz que este é um exemplo de como, quando uma pessoa se apressa a ajudar, muitas vezes outras a seguem. É fácil ficar paralisado numa situação desconfortável, mas oferecer ajuda - se for seguro fazê-lo - é como prestar primeiros socorros, diz Saylor. Podemos não saber exatamente o que fazer, mas damos o nosso melhor na situação.

O CAIR está a oferecer formação de intervenção para ensinar às pessoas como podem ajudar se virem alguém a ser assediado.

Ele salienta que, se houver qualquer ameaça de violência, é preciso sair imediatamente. No entanto, se uma pessoa estiver a ser assediada verbalmente mas não parecer estar em perigo físico, pode gritar a uma distância segura. Essa distração pode ser suficiente para perturbar a situação. Também pode aproximar-se da vítima e perguntar-lhe se quer que chame a polícia. Se conseguir gravar a ocorrência com o seu telemóvel, isso pode ser útil para a polícia. Se não o puder fazer, ou se não se lembrar disso na altura, anote imediatamente tudo o que se lembrar sobre o incidente. Isso pode ser uma grande ajuda para a vítima no futuro.

O foco do treinamento, de acordo com Saylor, é apoiar diretamente o alvo do preconceito de ódio, ignorando o agressor. Desta forma, a pessoa que é alvo do preconceito sente-se apoiada e o oxigénio é retirado ao agressor. Ajudar pode ser tão simples como oferecer um sorriso tranquilizador ou aproximar-se da pessoa que está a ser assediada.

O CAIR oferece a sua formação "upstanders" (defensores) tanto em pessoa como online. Os cursos são gratuitos. Se estiver interessado em marcar um, contacte [email protected]

Então, o que é que se pode fazer para desanuviar uma situação em segurança se se presenciar uma? E o que é que os muçulmanos podem fazer para se manterem seguros? O CAIR tem estas sugestões:

O QUE OS ESPECTADORES OU "UPSTANDERS" PODEM FAZER:

  • Gritar à distância
  • Aproximar-se da vítima e/ou oferecer um sorriso tranquilizador
  • Ignorar o agressor
  • Oferecer-se para chamar a polícia
  • Gravar a situação com o seu telemóvel, se for seguro fazê-lo
  • Escreva imediatamente tudo o que se lembrar sobre a situação

AJUDA PARA ESTUDANTES PALESTINIANOS, MUÇULMANOS E ÁRABES:

Embora ninguém queira que os jovens tenham medo, as organizações muçulmanas incentivam os estudantes a serem cautelosos, especialmente neste momento. Essas preocupações levaram o CAIR a publicar uma lista de dicas de segurança para estudantes muçulmanos.

Algumas de suas sugestões incluem:

  • Manter-se alerta ao caminhar, retirando os auscultadores e os auriculares
  • Caminhar em áreas bem iluminadas, de preferência com amigos
  • Parecer assertivo e confiante (evitar parecer um alvo fácil)
  • Estacionar em zonas bem iluminadas; estar atento ao que o rodeia ao entrar e sair dos veículos
  • Diga aos amigos e à família para onde vai; considere a possibilidade de descarregar uma aplicação como a Life360 que permite à família e aos amigos seguir o seu paradeiro
  • Evite estudar ou rezar em zonas remotas

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Fonte: edition.cnn.com

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