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Von der Leyen fala de "desequilíbrios" comerciais na cimeira UE-China

Numa reunião com o Presidente da China, Xi Jinping, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou à resolução de questões controversas entre a UE e o seu mais importante parceiro comercial. Existem "desequilíbrios e diferenças evidentes que temos de resolver", afirmou von der...

Os dirigentes da UE com o Presidente Xi (centro) em Pequim.aussiedlerbote.de
Os dirigentes da UE com o Presidente Xi (centro) em Pequim.aussiedlerbote.de

Von der Leyen fala de "desequilíbrios" comerciais na cimeira UE-China

"Por vezes, os nossos interesses coincidem", disse von der Leyen no início da primeira reunião presencial entre a liderança da UE e o chefe de Estado chinês em mais de quatro anos, referindo-se à cooperação entre a UE e a China em matéria de política climática e inteligência artificial. "E se eles discordarem, temos de abordar as preocupações que temos e lidar com elas de forma responsável", afirmou.

Michel afirmou que a UE está a esforçar-se por manter uma relação "estável e mutuamente benéfica" com a China. Mas a UE também irá reafirmar "os valores europeus, incluindo os direitos humanos e a democracia" na cimeira. Xi afirmou que a China e a UE devem "responder conjuntamente aos desafios globais".

Para além de temas como as alterações climáticas e a saúde, a cimeira de Pequim deverá debater questões mais controversas, como a situação dos direitos humanos na China e a cooperação de Pequim com Moscovo, apesar da guerra na Ucrânia.

Von der Leyen já tinha apelado à China para que se comprometesse em relação às disputas comerciais na preparação da cimeira. "Os chefes de Estado e de Governo europeus não vão tolerar um desequilíbrio nas relações comerciais a longo prazo", afirmou numa entrevista na terça-feira. "Temos instrumentos à nossa disposição para proteger o nosso mercado". Pequim respondeu dizendo que os esforços da UE para limitar a exportação de tecnologia sensível para a China, a fim de alcançar um equilíbrio no comércio, "não faz sentido".

A retirada da Itália do programa de investimento chinês da Nova Rota da Seda foi anunciada na quarta-feira. A Itália, a terceira maior economia da União Europeia, foi o único país do G7 a aderir ao projeto lançado por Xi, que levou à construção de portos, linhas ferroviárias, aeroportos e parques industriais, principalmente na Ásia, África e Europa, desde 2013. Os projectos destinam-se a dar à China um melhor acesso aos mercados de outros países.

No Ocidente, em particular, é frequentemente criticado o facto de Pequim estar deliberadamente a conduzir os países mais pobres à dependência. Muitos dos países participantes estão, nalguns casos, fortemente endividados. Uma vez que a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, se opõe firmemente à participação da Itália na Nova Rota da Seda, a retirada não foi uma surpresa. Na quinta-feira, Pequim criticou a Itália por "minar" o projeto com a sua retirada.

Para além do desequilíbrio comercial, a guerra de agressão russa contra a Ucrânia e a guerra no Médio Oriente deverão também ser discutidas na cimeira UE-China. Von der Leyen queria também apelar a Pequim para que levantasse as sanções contra os políticos europeus.

A China impôs proibições de entrada e outras medidas em 2021, incluindo contra o eurodeputado e antigo co-líder do Partido Verde alemão, Reinhard Bütikofer. Esta foi a resposta de Pequim às sanções da UE devido à opressão da minoria muçulmana Uyghur na China.

O calendário dos dirigentes da UE em Pequim era apertado: Após a reunião com Xi, von der Leyen e Michel pretendiam manter conversações com o chefe de governo chinês Li Qiang. À noite, o programa previa um jantar oficial e uma conferência de imprensa.

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Fonte: www.stern.de

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