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UE mantém posição de rejeição da fronteira, Mihalic considera quase impraticável

Políticos da união persistentemente defendem a negação imediata de indivíduos sem direitos de residência nas fronteiras da Alemanha. De acordo com Thorsten Frei (CDU), chefe parlamentar da fração da união, essa visão é justificada, como declarou durante um podcast do 'Politico' na quarta-feira....

UE mantém posição de rejeição da fronteira, Mihalic considera quase impraticável

A conversa gira em torno de indivíduos classificados como refugiados sob o Regulamento de Dublin da UE. Esta legislação estabelece que o Estado-membro responsável pelo pedido de asilo é aquele onde o refugiado entrou pela primeira vez no território da UE. No entanto, a Alemanha planeia evitar que estas pessoas entrem no país através desta regulamentação.

Num podcast, o político da CDU, Frei, afirmou que esta acção está de acordo com a lei alemã. Enquanto isso, o especialista do interior da CSU, Lindholz, manifestou preocupações sobre a eficácia do sistema de Dublin, sugerindo que a lei nacional deve prevalecer. Lindholz argumentou que o Regulamento de Dublin não proíbe explicitamente o retorno, uma opinião não compartilhada por todos os profissionais do direito.

Por outro lado, o especialista do interior dos Verdes, Mihalic, argumentou que os requerentes de asilo não podem ser devolvidos na fronteira de acordo com a lei europeia. Uma vez que o Estado-membro responsável deve ser determinado no processo de asilo, que muitas vezes é complexo, a implementação de retornos na fronteira seria impraticável.

Relatos sugerem que há simpatia pela ideia de devolução dentro da fração do FDP. Eles propõem devolver refugiados na fronteira alemã se a Alemanha não for responsável pelo processo de asilo, uma posição que pretendem manter numa próxima reunião.

A questão das devoluções foi discutida durante as consultas sobre política migratória desta terça-feira entre o governo federal, os governos estaduais e a CDU/CSU. Não foram tomadas decisões claras, com mais discussões planeadas.

O presidente da Associação dos Prefeitos Alemães, Lewe, elogiou as discussões em curso, defendendo procedimentos de Dublin mais rápidos e simples. Ele enfatizou a importância de transferir requerentes de asilo para os países da UE responsáveis por eles.

O governo alemão anunciou a intenção de retirar todos os benefícios sociais de indivíduos no procedimento de Dublin se o país da UE responsável concordar com o seu retorno da Alemanha. Em apoio a esta medida, o especialista em migração do FDP, Stamp, sugeriu fornecer apenas passagens de avião e uma pequena quantia de dinheiro após a chegada no país de destino.

Quanto à decisão do Tribunal Constitucional Federal de que o Estado deve garantir um padrão de vida mínimo para todas as pessoas na Alemanha, Stamp propôs considerar uma emenda à Lei Fundamental se necessário. No entanto, ele esclareceu que estava expressando essas opiniões independentemente do seu cargo como enviado especial do governo federal para acordos de migração.

Por fim, a Organização Alemã de Ajuda à Infância manifestou preocupações sérias com a retirada de benefícios sociais, alertando que muitos crianças e jovens poderiam ser afectados. Eles expressaram preocupações de que deixar crianças sem fundos para itens essenciais como comida, medicamentos e higiene seria desrespeitar os direitos das crianças e contradizer os princípios humanitários.

Apesar das complexidades em determinar o Estado-membro responsável no processo de asilo, a implementação de retornos na fronteira sob o Regulamento de Dublin é considerada impraticável devido às suas complexidades. Além disso, enquanto alguns, como a fração do FDP, apoiam o retorno de refugiados na fronteira alemã se a Alemanha não for responsável pelo processo de asilo, esta opinião enfrenta oposição de profissionais do direito que argumentam que o Regulamento de Dublin não proíbe explicitamente os retornos.

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