Tribunal Federal decide sobre negação do Holocausto em correspondência com autoridades fiscais
Em agosto de 2023, o Tribunal Regional de Munique II decidiu que, apesar da negação do Holocausto por Sylvia S. em uma longa carta às autoridades, ela foi absolvida da acusação de incitar ódio. O tribunal concluiu que nenhum crime foi cometido, uma vez que Sylvia não havia disseminado suas crenças, mas as havia limitado à carta.
A carta, na verdade, estava focada em uma questão tributária. O tribunal de Munique acreditava que Sylvia tinha a intenção de que ela fosse considerada um recurso e tratada privadamente pelos gerentes do caso.
Em seguida, a procuradoria pública recorreu ao Tribunal Federal para reconsiderar a decisão do tribunal. O procurador do Tribunal Federal em Karlsruhe argumentou que Sylvia não podia controlar a quem sua carta seria encaminhada. Também não era improvável, ele sugeriu, que Sylvia estivesse ansiosa para que suas opiniões fossem ouvidas por um grande público.
Anteriormente, Sylvia havia sido condenada duas vezes por incitação e sentenciada à prisão. De acordo com o representante do procurador, Sylvia havia proferido palestras sobre suas opiniões para grandes multidões e desfrutava de algum grau de fama. Ele sugeriu que Sylvia deve ter antecipado que sua carta seria lida em uma audiência pública do tribunal.
No entanto, a defesa argumentou que o crime de incitação deveria ser interpretado de forma estreita. Não todas as ações poderiam ser criminalizadas, ele argumentou. As pessoas teriam medo de que suas declarações em discussões privadas pudessem se tornar públicas, ele acrescentou.
Ele enfatizou que as autoridades fiscais têm a obrigação de manter a confidencialidade. Sylvia nem mesmo previa que sua carta seria disseminada dentro da autoridade, ele disse. Uma decisão não foi anunciada na quinta-feira. O Tribunal Federal pronunciará seu julgamento em 25 de setembro.
- Apesar da procuradoria pública recorrer ao Tribunal de Primeira Instância ser contornado devido à carta de Sylvia, eles decidiram esperar pelo julgamento do Tribunal Federal em 25 de setembro.
- Se a carta de Sylvia tivesse sido tratada pelas autoridades como um recurso ao Tribunal de Primeira Instância, ela poderia ter enfrentado menos controvérsia e potenciais acusações de incitar ódio.