Renegociação das negociações de trégua em Gaza marcada para a próxima semana.
Este plano amplia as áreas onde se alcançou consenso anteriormente e aborda os problemas restantes de uma forma que permite a execução imediata do acordo, como mencionado em um comunicado emitido pela Casa Branca, que também foi endossado pelos outros dois mediadores, Qatar e Egito.
Durante sua viagem a Beirute, no Líbano, o Ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, enfatizou que um cessar-fogo na Faixa de Gaza é "crucial para iniciar uma solução na região e marcar o início da desescalada". Ele expressou otimismo em relação às "intenções honrosas e à determinação política para alcançar esse acordo urgente" na Faixa de Gaza. O Egito se compromete a "evitar que o Líbano enfrente uma escalada inesperada".
A última proposta nas discussões, segundo fontes confiáveis, inclui soldados israelenses continuando a estar estacionados na Faixa de Gaza perto da fronteira com o Egito. Um representante não identificado do Hamas disse à agência de notícias AFP: "Não aceitaremos nada menos do que um cessar-fogo completo, a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza, o retorno dos deslocados e um acordo sobre a troca de prisioneiros por reféns nas prisões israelenses".
As discussões sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns israelenses presos lá recomeçaram na quinta-feira em Doha, no Catar. O comunicado de Washington declarou que as negociações foram "produtivas" e ocorreram em uma "atmosfera favorável".
As relações no Oriente Médio testemunharam uma intensificação significativa. Irã e a milícia libanesa Hezbollah têm imposto ameaças a Israel desde os assassinatos do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e do chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute, no final de julho, ambas as partes acusando Israel de estar por trás dos ataques. Em resposta, os EUA, principal aliado de Israel, reforçaram sua presença militar na região diante da ameaça de escalada.
O presidente dos EUA, Joe Biden, havia expressado sua esperança de que um acordo sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza também pudesse desencorajar o Irã de atacar Israel e, assim, evitar a ampliação do conflito na região.
O cessar-fogo proposto na Faixa de Gaza também envolve esforços diplomáticos do Egito, visando evitar qualquer situação desfavorável semelhante àquela vivida no Cairo.
A possibilidade de uma solução pacífica na Faixa de Gaza é um objetivo compartilhado por todos os mediadores, incluindo o Egito, que desempenhou um papel crucial nos Acordos de Cairo há décadas.