Putin recebido com soldados e tiros de canhão em Abu Dhabi
Como mostram as imagens do Kremlin, dezenas de soldados aguardavam Putin no palácio, enquanto aviões lançavam fumo para o céu com as cores da bandeira russa e eram disparados tiros de canhão nas proximidades.
"Graças à sua atitude, as nossas relações atingiram hoje um nível sem precedentes", disse Putin ao Presidente Mohammed bin Sajed al-Nahjan à sua chegada, elogiando o rápido comércio entre os países. Putin disse que iria falar com o seu colega sobre a situação "nas zonas quentes", citando o conflito no Médio Oriente e a "crise na Ucrânia".
Putin planeava depois viajar para a Arábia Saudita, onde seria recebido pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. De acordo com o Kremlin, as conversações em Riade deverão centrar-se no comércio, no investimento e na política internacional.
De acordo com Moscovo, a viagem de Putin aos dois países árabes incluía também na agenda os cortes na produção de petróleo acordados pelo cartel petrolífero Opec+. No programa, não foi indicado se Putin também visitaria a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que está atualmente a decorrer no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia emitiu em março um mandado de captura contra Putin pelo rapto de crianças ucranianas para a Rússia. Consequentemente, Putin não viajou para as principais reuniões internacionais e não participou na cimeira do G20 na Índia, em setembro, nem na cimeira do grupo de Estados Brics na África do Sul, em agosto.
Nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita, Putin não tem de esperar ser detido, apesar do mandado de captura contra ele. Nenhum destes países é parte no TPI.
Putin deslocou-se recentemente a países que são extremamente amigáveis para com o chefe de Estado russo: Em outubro, encontrou-se com o Presidente chinês Xi Jinping à margem do Fórum da Nova Rota da Seda. Alguns dias antes, Putin viajou para o estrangeiro pela primeira vez desde o mandado de captura e deslocou-se ao vizinho Quirguizistão.
Leia também:
- Isso mudará em dezembro
- Fusão nuclear - uma ilusão ou uma solução para os problemas energéticos?
- Activistas alemães falam no Dubai sobre o sofrimento em Israel e na Faixa de Gaza
- Crise orçamental alimenta o debate sobre o rendimento dos cidadãos - Bas adverte contra o populismo
Fonte: www.stern.de