Proposta de reforma da lei contra a pornografia infantil
O Ministro Federal da Justiça, Marco Buschmann (FDP), está a avançar com a anunciada reforma da lei contra as representações de abusos. Concretamente, a pena mínima para a distribuição, aquisição e posse de conteúdos de pornografia infantil deverá ser reduzida da atual pena de prisão de um ano para três a seis meses, consoante o crime. O anúncio foi feito pelo Ministério da Justiça em Berlim. Os Estados federados e as associações podem agora pronunciar-se sobre o projeto de lei.
A reforma destina-se a evitar que sejam penalizadas pessoas cujo objetivo não era divulgar imagens de abusos. "Por exemplo, uma mãe que descobre material pornográfico infantil num chat da turma e o reencaminha para avisar outros pais sobre as imagens, deve atualmente ser punida com uma pena de prisão de pelo menos um ano", disse Buschmann. "Isto não é justo, porque a atual situação legal penaliza as pessoas que querem impedir a distribuição de tal material".
O ministro explicou ainda: "A pena máxima de até dez anos de prisão permanece inalterada - de modo que as pessoas que abusam sexualmente de crianças, têm prazer em tais imagens ou as distribuem com fins lucrativos podem continuar a ser severamente punidas".
Ao fazê-lo, Buschmann quer revogar uma pena mais severa que está em vigor desde julho de 2021, que considera não ter sido eficaz na prática. A nova reforma deve também ter em conta os casos em que as pessoas tenham, involuntariamente, ficado na posse de imagens de abuso. A nova reforma deverá também permitir que a pena mínima mais baixa se aplique a "jovens infractores que tenham agido por um impulso típico da fase de desenvolvimento de um jovem, como a ingenuidade, a curiosidade, a sede de aventura ou o desejo de se exibir".
Fontewww.dpa.com