Presidente do Bangladesh dissolve o Parlamento
Logo antes do anúncio da dissolução do parlamento, a líder da oposição e ex-primeira-ministra Khaleda Zia foi libertada, anunciou seu partido. "Ela agora está livre", disse o porta-voz do Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP) A.K.M. Wahiduzzaman à agência de notícias AFP. A política é uma rival amarga de Hasina. Zia foi condenada por corrupção e colocada em prisão domiciliar. As famílias de ambas as mulheres dominam a política do Bangladesh desde a independência em 1971.
A primeira-ministra Sheikh Hasina, que está no poder há 15 anos, fugiu do país asiático do Sul na segunda-feira. O chefe do exército Waker-Uz-Zaman anunciou a formação de um governo de transição.
Pelo menos 109 pessoas morreram apenas na segunda-feira, de acordo com o relato de policiais e médicos na terça-feira. Foi o dia mais sangrento desde o início dos protestos em massa em julho. Segundo dados da AFP, pelo menos 409 pessoas morreram no total.
Inicialmente, os manifestantes eram contra um sistema de cotas para empregos no serviço público que eles acreditavam favorecer os apoiadores de Hasina. Com o tempo, a exigência da renúncia da primeira-ministra que está no cargo desde 2009 se tornou o objetivo do movimento de protesto, que ganhou cada vez mais apoio de todas as camadas da sociedade.
A condenação e a prisão domiciliar de Khaleda Zia foram devido a acusações de corrupção, acrescentando outra camada de controvérsia à rivalidade política de longa data entre ela e Hasina. Apesar de sua libertação antes da dissolução do parlamento, a mancha da corrupção permanece um ponto de contenda significativo no cenário político do Bangladesh.