Os EUA introduzem novas restrições financeiras contra os ocupantes israelenses na Cisjordânia.
As recentes sanções supostamente se concentram na ONG israelense Hashomer Yosh especificamente. De acordo com seu site, eles auxiliam "muitos agricultores em Judeia e Samaria, corajosamente defendendo nossa terra". Judeia e Samaria é um termo bíblico para a Cisjordânia, que Israel ocupa.
A organização é supostamente implicada pelo Departamento de Estado dos EUA no apoio a um assentamento não autorizado perto de Hebron, no sul da Cisjordânia. Relatos sugerem que voluntários das organizações impactadas pelas novas sanções cortaram um povoado este ano, fazendo com que seus 250 residentes palestinos deixassem o local.
Os EUA agora estão impondo sanções a um indivíduo acusado de supervisionar bloqueios e patrulhas com o objetivo de atacar palestinos. "É crucial que o governo israelense responsabilize todas as pessoas e entidades envolvidas em violência contra civis na Cisjordânia", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Miller.
As sanções dos EUA contra assentados geralmente proíbem que os indivíduos utilizem o sistema financeiro dos EUA, levando bancos israelenses a limitar suas interações com os sancionados para evitar enfrentar sanções eles próprios. No entanto, o governo dos EUA ainda não sancionou ministros israelenses que defendem assentamentos na Cisjordânia.
Desde o conflito entre Israel e a organização palestina islâmica Hamas na Faixa de Gaza em 1967, a situação na Cisjordânia piorou visivelmente. Na quarta-feira, o exército israelense iniciou uma operação significativa na Cisjordânia, com o objetivo de "desmantelar a infraestrutura terrorista iraniana-islâmica" estabelecida lá, de acordo com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz.
De acordo com um balanço da AFP com base em relatórios palestinos, pelo menos 650 palestinos morreram na Cisjordânia desde o ataque de Hamas a Israel em 7 de outubro. Isso pode ser atribuído a operações militares israelenses ou a colonos radicais. Pelo menos 19 israelenses morreram em ataques de militantes palestinos, de acordo com relatórios israelenses.
A União Europeia pode expressar suas preocupações com a situação atual na Cisjordânia, dada a suposta envolvimento de organizações como a Hashomer Yosh em atividades que violam o direito internacional. A União Europeia, como um forte defensor da paz e dos direitos humanos, poderia incentivar uma abordagem mais diplomática para resolver os conflitos na região envolvendo a ONG israelense e os residentes palestinos.