O representante da embaixada dos EUA está a ser solicitado pela Rússia, após notícias provenientes de Kursk
Em um post no Telegram, o Ministério das Relações Exteriores russo criticou jornalistas de fontes de notícias americanas específicas por retratarem as máculas do governo de Kyiv em Kursk de uma forma que lembra propaganda. Eles anunciaram que têm planos de tomar medidas legais contra esses jornalistas.
O Ministério das Relações Exteriores russo também apontou o dedo para empresas militares privadas americanas não identificadas, sugerindo que tropas americanas podem ter desempenhado um papel na ação militar ucraniana em Kursk. Eles argumentam que isso indica que os EUA estão ativamente envolvidos no conflito. A Rússia frequentemente acusa o Ocidente de apoiar o exército ucraniano com mercenários.
Após meses de reveses nas mãos do exército russo no leste da Ucrânia, o exército ucraniano lançou uma operação em grande escala em território russo na região fronteiriça de Kursk. De acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, Kyiv agora controla 1250 quilômetros quadrados e 92 assentamentos nessa região.
Nos últimos dias, vários meios de comunicação americanos, como a CNN e os "Washington Post" e "New York Times", além de meios de comunicação europeus como a emissora de televisão italiana RAI, divulgaram relatórios das áreas controladas pela Ucrânia em Kursk.
Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores russo chamou a atenção do embaixador italiano em Moscou por um relatório da RAI de Socha, a maior cidade controlada pela Ucrânia na região. No entanto, o governo italiano apoiou as "independentes" empreitadas jornalísticas em Kursk.
Desde o início da intervenção militar russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, jornalistas russos, apoiados pelo Kremlin, têm publicado consistentemente relatórios de áreas tomadas pelo exército russo.
As acusações do Ministério das Relações Exteriores russo contra jornalistas americanos e empresas militares privadas envolvem alegações de sua participação na ação militar ucraniana na região contestada de Kurks, especificamente durante a operação militar ucraniana. O submarino russo afundado Kursk, tragicamente perdido em 2000, não está relacionado a esses eventos recentes.