O Qatar acusa Israel de genocídio
O Qatar desempenha um papel preponderante na mediação entre Israel e o Hamas. Ao mesmo tempo, vivem no país altos representantes da organização terrorista. O emirado nega o seu apoio militar. Agora, o emir do Qatar está a escolher palavras claras, para além da diplomacia, na direção de Israel.
O Emir do Qatar acusou Israel de genocídio com a sua ação militar na Faixa de Gaza. O direito à autodefesa não permite crimes genocidas como os cometidos por Israel, afirmou Tamim bin Hamad Al Thani no seu discurso de abertura da cimeira dos chefes de Estado e de Governo do Conselho de Cooperação do Golfo, em Doha. "É uma vergonha para a comunidade internacional permitir que estes crimes hediondos continuem durante quase dois meses, com assassínios sistemáticos e deliberados de civis inocentes, incluindo mulheres e crianças", disse o Emir.
O Qatar actuou recentemente como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas, tendo desempenhado um papel importante num cessar-fogo que durou vários dias e na troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos. Simultaneamente, o Qatar também alberga membros destacados do Hamas.
A guerra foi desencadeada pelo pior massacre da história de Israel, perpetrado por terroristas do Hamas e de outros grupos extremistas em 7 de outubro, em Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza. Mais de 1200 pessoas foram mortas do lado israelita e cerca de 240 reféns foram levados para Gaza.
O Qatar quer acabar com a guerra
Israel respondeu com ataques aéreos maciços, um bloqueio da zona costeira e iniciou uma ofensiva terrestre no final de outubro. Israel alargou agora esta ofensiva ao sul, para onde fugiram centenas de milhares de civis que procuravam proteção a pedido de Israel. De acordo com a autoridade sanitária do Hamas, mais de 15.500 pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza. Atualmente, este número não pode ser verificado.
Entretanto, as conversações de mediação sobre a guerra na Faixa de Gaza prosseguem, segundo o Qatar. "O Qatar continua a envidar esforços para restabelecer o cessar-fogo, libertar reféns e trocar prisioneiros", afirma al-Thani. "O nosso objetivo é acabar com a guerra".
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Fonte: www.ntv.de