O principal político da oposição da Tailândia é banido da política por 10 anos
Em março, a Comissão Eleitoral já havia solicitado a dissolução do maior partido de oposição no Supremo Tribunal do país. O MFP havia vencido as eleições parlamentares do ano passado, mas foi impedido de formar o governo. Pita já havia renunciado como líder do MFP em setembro.
Antes das eleições parlamentares, a popularidade de Pita havia aumentado, especialmente entre os jovens eleitores. Durante a campanha, seu partido prometeu, entre outras coisas, reformar a lei de lese-majeste da Tailândia, uma das mais rigorosas do mundo. O rei Maha Vajiralongkorn da Tailândia desfruta de um status quasi-divino. Críticos argumentam, porém, que as leis são utilizadas para suprimir o debate político.
Em janeiro, o Tribunal Constitucional da Tailândia decidiu que os planos de reforma do MFP eram inconstitucionais, afirmando que eles equivaliam a uma tentativa de derrubar a monarquia constitucional.
Após o anúncio do tribunal, algumas dezenas de apoiadores se reuniram fora da sede do MFP em Bangkok. Sakhorn Kamtalang, de 60 anos, disse que o tribunal não tinha direito de dissolver o partido. "Para mim, Pita é meu primeiro-ministro", ela enfatizou. Hua Jaidee, de 69 anos, disse: "As pessoas boas sempre acabam sendo incomodadas".
Outros partidos políticos viram uma oportunidade de ganhar apoio devido à crise do MFP. Apesar da dissolução, muitos apoiadores do MFP permaneceram leais, vendo o partido como seu principal representante.