O exército israelita rodeia a cidade de Chan Junis, no sul da Faixa de Gaza
Tanques israelitas, transportadores militares e bulldozers foram colocados perto de Chan Junis, disseram testemunhas oculares à agência noticiosa AFP na terça-feira. Numerosos civis fugiram dos combates a pé, em motas, em carroças ou em carros sobrecarregados.
Os contra-ataques israelitas desencadeados pelo grande ataque do grupo radical islâmico Hamas contra Israel, a 7 de outubro, concentraram-se durante semanas no norte da Faixa de Gaza. No entanto, no fim de semana, o sul também foi alvo de fogo pesado.
Fontes do Hamas e do grupo militante palestiniano Jihad Islâmica disseram à AFP que os seus combatentes estavam envolvidos em combates com soldados israelitas para os impedir de entrar em Khan Yunis e nas zonas circundantes. De acordo com o governo do Hamas, dezenas de pessoas foram mortas ou feridas em ataques pesados em áreas a leste de Khan Yunis na noite de quarta-feira.
De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, seis pessoas morreram e 14 ficaram feridas num ataque ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.
Na manhã de quarta-feira, o exército israelita anunciou no serviço online X (antigo Twitter) que vários comandantes do Hamas tinham sido mortos num ataque aéreo perto de um hospital gerido pela Indonésia no norte da Faixa de Gaza.
No serviço online Telegram, o exército declarou que já tinha morto "a maior parte dos comandantes de topo" do braço armado do Hamas, que operava a partir de uma rede de túneis no norte da Faixa de Gaza.
Em 7 de outubro, centenas de combatentes do Hamas, classificado como organização terrorista pelos EUA e pela UE, entraram em Israel e cometeram atrocidades, principalmente contra civis. De acordo com informações israelitas, cerca de 1200 pessoas foram mortas em Israel e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. Foi o mais grave ataque a Israel desde a fundação do Estado, há 75 anos.
Em resposta, Israel lançou ataques maciços contra alvos na Faixa de Gaza, densamente povoada. De acordo com os últimos dados do Hamas, que não podem ser verificados de forma independente, mais de 16 200 pessoas foram mortas no território palestiniano desde então, na sua maioria civis.
A violência na Cisjordânia ocupada também aumentou desde o início da guerra. Na madrugada de quarta-feira, soldados israelitas invadiram o campo de refugiados de Faraa. Segundo a agência noticiosa palestiniana Wafa, dois palestinianos de 16 e 18 anos foram mortos durante a operação. De acordo com informações palestinianas, desde 7 de outubro, pelo menos 257 palestinianos foram mortos pelo exército israelita ou por colonos israelitas na Cisjordânia.
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Fonte: www.stern.de