O chanceler Scholz entra em diálogo com o líder da oposição Merz após o incidente de esfaqueamento de Solingen
A discussão acalorada continua em torno da proposta de Merz de impor uma proibição nacional de migrantes sírios e afegãos. O Ministro da Justiça Buschmann (FDP) afirmou à ARD que tal proibição não é viável devido a restrições legais. Ele sugeriu que as discussões poderiam se concentrar apenas nos números e locais de refugiados ou no reforço da segurança nas fronteiras externas.
A Ministra do Exterior do Partido Verde, Baerbock, também condenou medidas amplas contra todos os refugiados, afirmando: "Não podemos eliminar islamistas". Ela expressou apoio a ordens de expulsão para a Síria e Afeganistão, reconhecendo as complexidades impostas pelo regime islâmico rígido do Talibã no Afeganistão e pelo regime de Assad na Síria.
Merz defendeu uma reformulação das políticas de imigração alemãs após o crime de Solingen, expressando a esperança de que o Chanceler Federal reconheça a urgência da situação. O secretário-geral do CDU, Linnemann, ecoou os sentimentos de Merz na Deutschlandfunk.
No entanto, o vice-líder da fração SPD, Wiese, moderou as expectativas para uma ação coletiva após o encontro de Scholz e Scholz. Embora os apelos de Merz pareçam ousados, "eles não combinam com a nossa Lei Fundamental ou com o nosso compromisso de proteger refugiados genuínos", afirmou Wiese ao Rheinische Post, elogiando o diálogo entre os dois políticos.
O coordenador federal de negócios do partido da esquerda, Gürpinar, criticou Scholz por buscar conselhos da União, condenando "exigências exageradas e ativismo precipitado" no discurso. Após a reunião, o líder do grupo parlamentar da CSU, Dobrindt, reiterou a necessidade de uma abordagem rigorosa e expulsões consistentes.
A Ministra do Interior Faeser (SPD) transferiu a responsabilidade por mais expulsões e rigorosas para os estados. O governo federal estabeleceu novos quadros extensos para mais repatriações, informou Faeser ao grupo de mídia Funke, enfatizando que o sucesso depende da implementação bem-sucedida de novos poderes e regulamentações no nível estadual.
O principal suspeito do incidente de Solingen, um migrante sírio de 26 anos, entrou na Alemanha em 2022. Tentativas anteriores de deportá-lo para a Bulgária, seu país de refugiados anterior, falharam. Na última sexta-feira, ele perpetrou um ataque fatal em um festival da cidade usando uma faca, deixando três mortos e oito feridos.
O Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo atentado. Ainda não está claro se e como o jovem de 26 anos foi radicalizado, talvez durante sua estadia na Alemanha.
A Comissária de Migração do SPD, Alabali-Radovan, pediu maior escrutínio dos "serviços de mensagem e mídias sociais notáveis", à luz da propaganda islamista. Pregadores extremistas e "influenciadores" islamitas exploram essas plataformas para alcançar jovens.
A Polícia Federal também expressou preocupação com o problema da radicalização on-line, como relatado pelo portal Watson. Fracções islamitas exploram o apelo emocional do conflito de Gaza e a situação humanitária lá para fins propagandísticos. Baerbock e Buschmann pediram autoridade expandida para agências de segurança para monitorar canais de comunicação islamitas com mais cuidado.
Em resposta às propostas de Merz, o vice-líder da fração SPD, Dirk Wiese, expressou reservas, afirmando: "Os apelos de Merz não estão de acordo com a nossa Lei Fundamental ou com o nosso compromisso de proteger refugiados genuínos". Mais tarde, na discussão, a Ministra do Exterior do Partido Verde, Baerbock, mencionou Dirk Wiese, reconhecendo sua posição durante suas discussões sobre políticas de imigração.