Netanyahu deve ser julgado novamente
O processo contra o primeiro-ministro Netanyahu foi interrompido devido à guerra de Israel contra o Hamas, mas prossegue agora: o chefe do Governo israelita está a ser julgado por suspeita de corrupção. O chefe de governo israelita está a ser julgado por suspeitas de corrupção e deverá também ser interrogado como testemunha.
Dois meses após o início da guerra contra o Hamas islâmico, o processo de corrupção contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi retomado em Israel. Segundo os meios de comunicação israelitas, Netanyahu poderá ser chamado a depor dentro de alguns meses. Após o grande ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, o processo foi inicialmente suspenso.
Netanyahu, de 74 anos, foi acusado de três crimes: suborno, fraude e abuso de confiança. As audiências centraram-se inicialmente na acusação de que Netanyahu teria concedido favores à empresa de telecomunicações Besek em troca de reportagens positivas no sítio Web "Walla", que pertence ao grupo.
Num outro caso, o Ministério Público acusa Netanyahu de ter recebido presentes no valor de 700 mil shekels (cerca de 176 mil euros) entre 2007 e 2016, incluindo caixas de charutos, garrafas de champanhe e jóias, em troca de benefícios financeiros ou pessoais. Os presentes terão sido oferecidos, entre outros, pelo produtor de Hollywood Arnon Milchan, que terá recebido milhões em benefícios fiscais.
Menos testemunhas devido à convocação?
Netanyahu é o primeiro primeiro-ministro em exercício na história de Israel a ser julgado por corrupção. O julgamento teve início em maio de 2020. Netanyahu nega todas as acusações e vê-se como vítima do Ministério Público e dos meios de comunicação social. Os políticos próximos de Netanyahu criticaram o facto de o julgamento ter sido retomado em plena guerra. Devido à convocação dos reservistas, é provável que menos testemunhas e advogados compareçam nas audiências.
Netanyahu foi eleito chefe do governo no ano passado, à frente de uma coligação religiosa de direita, tendo governado durante doze anos consecutivos até 2021. Antes da guerra que se seguiu ao ataque do Hamas, houve meses de protestos em massa contra ele e o seu governo religioso de direita, principalmente devido a um projeto de reforma judicial. Após o início da guerra, Netanyahu formou um gabinete de guerra com o seu rival político Benny Gantz.
A guerra entre Israel e o Hamas dura há mais de oito semanas. Em 7 de outubro, centenas de combatentes do Hamas, classificado como organização terrorista pelos EUA e pela UE, invadiram Israel e cometeram atrocidades, principalmente contra civis. Segundo informações israelitas, cerca de 1 200 pessoas foram mortas em Israel e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. Em resposta, Israel iniciou um ataque maciço contra alvos na Faixa de Gaza, densamente povoada. De acordo com as últimas informações do Hamas, que não podem ser verificadas de forma independente, mais de 15 500 pessoas foram mortas no território palestiniano desde então.
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Fonte: www.ntv.de