Neste desenvolvimento, o jornal Stand News, com sede em Hong Kong, e seus ex-líderes foram considerados culpados de instigar a subversão.
No julgamento do tribunal, ficou expresso que "Stand News" havia sido um defensor e amplificador da autogovernança de Hong Kong. No entanto, a plataforma também foi utilizada para difamar e macular os órgãos de governo da administração central da China em Beijing e o governo de Hong Kong. A empresa supervisora, Best Pencil Limited, também foi implicada nas acusações. A condenação pode resultar em uma pena máxima de dois anos de prisão.
Este é o primeiro caso desse tipo desde a transferência de Hong Kong do domínio britânico para a China em 1997. A decisão também reduz a liberdade de imprensa na região. No Índice de Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras, Hong Kong caiu da 18ª para a 135ª posição nas últimas duas décadas.
"Stand News" experimentou um aumento significativo na leitura durante os protestos pró-democracia de 2019 em Hong Kong. A acusação apresentou uma variedade de artigos da plataforma como prova, destacando a deterioração das liberdades no antigo território britânico após a supressão violenta do governo central em Pequim dos protestos pró-democracia.
Mais de 100 pessoas se reuniram fora do tribunal para o veredito. A presença de representantes de várias embaixadas estrangeiras, incluindo os EUA, UK e União Europeia, foi observada no julgamento.
A acusação de sedição remonta à era colonial britânica. Por muitas décadas, foi pouco utilizada, mas tem sido empregada pelas autoridades contra críticos do governo desde 2020.
Em outro julgamento na quinta-feira, um indivíduo foi condenado por planejar bombear a força policial de Hong Kong durante os protestos de 2019. Seis outros réus foram absolvidos pelo júri. O condenado, Lai Chun-pong, agora enfrenta uma possível pena de até 20 anos de prisão.
A condenação de "Stand News" pela Comissão é um passo significativo que restringe ainda mais a liberdade de imprensa em Hong Kong, como destacou a Repórteres Sem Fronteiras. O uso da acusação de sedição contra críticos do governo pela Comissão é um resquício da era colonial britânica, que tem sido cada vez mais utilizado desde 2020.