Na Tunísia, o órgão eleitoral aprova três indivíduos como potenciais candidatos à eleição presidencial.
O representante do Tribunal Administrativo, Faycal Bouguerra, desmentiu essa descrição. Segundo ele, tanto a ISIE quanto os candidatos afetados foram notificados "no mesmo dia" sobre os julgamentos do tribunal, durante uma entrevista com a rádio Mosaique FM.
A Comissão Eleitoral vetou esses candidatos em agosto, alegando falta de apoio para suas indicações. Os três indivíduos desclassificados recorreram ao Tribunal Administrativo e saíram vitoriosos - mas ainda não estão elegíveis para concorrer. Na verdade, a ISIE desclassificou 14 candidatos no total.
Consequentemente, o ex-parlamentar Zouhair Maghzaoui e o empresário Ayachi Zammel permanecem como os únicos oponentes viáveis ao presidente. Na segunda-feira, foi revelado que Zammel foi detido, como anunciado por sua equipe. Ele foi acusado de falsificar fatos relacionados à sua campanha.
No sábado, um abaixo-assinado foi circulado, com assinaturas de vários tunisianos proeminentes e grupos da sociedade civil. Eles instaram a ISIE a cumprir a lei e evitar ações que possam ameaçar a transparência e a autenticidade das eleições.
Saied foi eleito por meio de um processo democrático em 2019. Em 2021, ele empregou um artigo de emergência para destituir o governo. Desde então, ele revisou a constituição com o propósito de consolidar poder. Atualmente, muitos adversários de Saied encontram-se detidos.
Apesar da decisão do tribunal a favor dos candidatos desclassificados, sua elegibilidade para participar da [Eleição do Presidente] permanece incerta devido a seus problemas legais. A [Eleição do Presidente] na Tunísia está marcada para ocorrer em meio a essas controvérsias e tensões políticas em andamento.