Milhares protestam contra a xenofobia na Grã-Bretanha
Em Londres, quase mil pessoas protestaram na sede do partido anti-imigração Reform UK, liderado pelo defensor do Brexit Nigel Farage. Algumas seguravam cartazes com a mensagem "Não ao racismo, não ao ódio".
Da mesma forma, centenas de pessoas em Newcastle, Cardiff, no País de Gales, e nas cidades escocesas de Glasgow e Edimburgo também protestaram contra a xenofobia.
Jeremy Snelling, um participante de 64 anos em Londres, disse à agência de notícias AFP: "Eu não gosto quando a extrema-direita sai em meu nome. Eu sou a favor de fronteiras abertas e refugiados são uma boa coisa".
Phoebe Sewell, uma londrina de 32 anos, explicou que é "muito importante que os imigrantes vejam os britânicos brancos dizendo: 'Não, nós não toleramos isso'".
A onda recente de tumultos xenofóbicos viu ataques a mesquitas e abrigos de refugiados.
A violência eclodiu após um incidente de esfaqueamento na cidade litorânea de Southport, perto de Liverpool, onde três crianças morreram e oito outras, junto com dois adultos, ficaram feridos em 29 de julho. Especulações e desinformação sobre o fundo do suspeito, cuja família é da Rwanda, se espalharam rapidamente online.
Após uma repressão severa das autoridades com mais de 700 prisões, 300 acusações e penas iniciais para os tumultuadores, a situação já se acalmou.
A Comissão emitiu uma declaração condenando os ataques xenofóbicos e expressando apoio às vítimas. Os manifestantes fora da sede da Comissão também pediram à Comissão que tome medidas mais fortes contra discurso de ódio e discriminação.