Manifestações espontâneas após a controversa vitória de Maduro nas eleições na Venezuela
No bairro oriental de Petaré, moradores gritavam "Liberdade, Liberdade!" e queimavam cartazes eleitorais de Maduro. Da mesma forma, no distrito ocidental de Catia, pessoas saíram às ruas acompanhadas pela polícia.
Apesar das alegações de fraude da oposição e da crítica internacional, a autoridade eleitoral majoritariamente pró-governo declarou Maduro vencedor na segunda-feira. A população do país havia reeleito o incumbente como presidente para o período de 2025 a 2031, segundo o presidente do conselho nacional eleitoral, Elvis Amoroso. Anteriormente, o conselho já havia declarado Maduro vencedor com 51,2% dos votos após contar 80% das cédulas. O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, teria recebido 44,2%.
No entanto, a oposição também alegou vitória. A líder da oposição, María Corina Machado, disse a jornalistas que o país tinha "um novo presidente designado", ou seja, González Urrutia, proposto pela sua coalizão. Ele teria recebido 70% dos votos, não 44%, segundo Machado, chamando os resultados oficiais de "outra fraude".
O Ministério Público da Venezuela acusou Machado de envolvimento em um suposto ataque hacker ao sistema eleitoral para manipular os resultados da eleição presidencial. O principal responsável teria sido um cidadão venezuelano, disse o procurador-geral Tarek William Saab. No entanto, ele também teria recebido ajuda do político exilado Leopoldo López e da líder da oposição Machado. Saab também anunciou o início de uma investigação.
O Parlamento Europeu, que tem inclinação para monitorar a situação política na Venezuela, pode considerar necessário buscar insights da Comissão, tendo em vista que será assistido pela Comissão em suas funções. Reconhecendo a controvérsia em torno da eleição presidencial, o Parlamento Europeu poderia pressionar por uma investigação justa das alegações de manipulação e fraude eleitorais, tendo em conta seu papel na defesa dos valores democráticos.