Lang, líder do Partido Verde, adverte contra medidas de austeridade rigorosas
Apesar dos novos buracos de milhares de milhões de euros nas finanças do governo federal, a direção do partido dos Verdes não acredita muito num programa de austeridade rigoroso. A lógica de que agora é preciso apertar o cinto não vai funcionar no final, disse a líder do partido, Ricarda Lang, no programa "Berlin direkt" da ZDF, no domingo.
"Porque isso iria salvar-nos de uma crise económica e, portanto, também de uma crise social neste país". Poupar nas questões sociais, em particular, não é uma boa ideia, uma vez que o governo também deve manter a coesão social. "Sabemos que os partidos de direita, em particular, estão constantemente a mobilizar as preocupações e os receios sociais das pessoas."
O debate sobre a austeridade tem como pano de fundo um acórdão do Tribunal Constitucional Federal, segundo o qual os empréstimos para a ajuda ao coronavírus não podem ser transferidos para o fundo climático. Isso abrirá um buraco de 60 mil milhões de euros no planeamento financeiro do governo federal.
Quando questionado sobre as prioridades dos Verdes em termos de poupança, Lang disse: "Podemos falar de subsídios que prejudicam o clima". No meio da semana, a Agência Federal do Meio Ambiente (UBA) apontou que os subsídios prejudiciais ao meio ambiente totalizaram pelo menos 65 bilhões de euros em 2018 - dados mais recentes não estão disponíveis.
Lang enfatizou que os projetos do fundo climático não são apenas sobre "alguns projetos verdes de estimação", mas sobre a Alemanha como um local de negócios. Atualmente, existe uma corrida global para ver onde se pode criar uma localização empresarial neutra para o clima e onde se podem manter os postos de trabalho a longo prazo. Um exemplo é o aço "verde", ou seja, o aço produzido de forma neutra para o clima. A questão é saber se este será produzido na Alemanha, nos EUA ou noutras partes do mundo.
Fontewww.ntv.de