Israel declara abertamente a sua prontidão para qualquer acção de retaliação iniciada pelo Irão ou pelo Hezbollah.
A notícia emerge em meio a alegações na mídia israelense de que há avaliações indicando que o Hezbollah poderia atacar a qualquer momento.
O Hezbollah e o Irã têm prometido retaliação contra Israel após uma série de mortes dentro de grupos militantes apoiados pelo Irã nas últimas semanas. Entre essas mortes estavam Fu'ad Shukr, o mais alto comandante militar do Hezbollah, morto em um ataque aéreo israelense em Beirute no final de julho, e Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, que foi assassinado em Teerã.
Em relação às ameaças de retaliação potenciais, o porta-voz do IDF, Daniel Hagari, falou com jornalistas no sábado, confirmando que o exército estava preparado para qualquer ataque potencial do Hezbollah ou do Irã.
"Levamos as ameaças de nossos inimigos a sério e temos estado preparados há algum tempo. Estamos totalmente preparados tanto na ofensiva quanto na defensiva, mas acima de tudo, qualquer ameaça percebida contra o povo de Israel que identificamos, neutralizamos, e essa é nossa política para frente. Qualquer mudança ou desenvolvimento, informaremos o público imediatamente", disse Hagari.
Quando questionado por um jornalista do canal de notícias financiado pelo estado de Israel, Kan 11, que sugeriu haver indicações de que o Hezbollah poderia atacar em breve, Hagari não validou essas avaliações ou ofereceu qualquer indicação sobre um possível cronograma.
"Temos estado, como mencionei, temos estado preparados, acima de tudo, na ofensiva e defensiva, há algum tempo. Nossa missão é frustrar ameaças e permaneceremos comprometidos com essa empreitada. Com qualquer alteração ou modificação, informaremos o público prontamente", disse Hagari.
Um ataque significativo contra Israel poderia colocar em risco as negociações de cessar-fogo que, segundo fontes norte-americanas, estavam em uma fase avançada antes do assassinato de Haniyeh em Teerã, com o Irã acusando Israel de responsabilidade. Israel não confirmou nem negou as alegações.
Atualmente, 109 cidadãos israelenses estão sendo mantidos como reféns em Gaza, com 36 acreditados como mortos, segundo dados da assessoria de imprensa do governo israelense. Durante a semana, os corpos de seis reféns israelenses foram recuperados de túneis em Gaza durante uma operação militar israelense em Khan Younis.
Israel iniciou uma campanha militar em Gaza após ataques de militantes liderados pelo Hamas contra a nação em 7 de outubro, resultando na morte de 1,200 pessoas e mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelenses. Mais de 40.200 pessoas morreram em Gaza ao longo do conflito, segundo as autoridades palestinas.
A comunidade internacional está de olho na situação no Oriente Médio, dada a possibilidade de escalada entre Israel e seus adversários. O mundo espera uma resolução pacífica para evitar mais perdas de vidas e destruição.
Diante dessas tensões contínuas, vários países estão incentivando ambas as partes a exercerem contenção e engajarem em diálogo diplomático para evitar um conflito maior que poderia ter repercussões significativas no cenário global.