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Homem ucraniano procurado por explosões no gasoduto Nord Stream, dizem autoridades polacas.

As autoridades germânicas emitiram um mandato de prisão internacional para um homem ucraniano suspeito de ter executado as explosões que danificaram o gasoduto Nord Stream há dois anos, segundo a Reuters, citando promotores poloneses.

Vazamento de gás no Nord Stream 2 visto de um interceptador F-16 dinamarquês em Bornholm,...
Vazamento de gás no Nord Stream 2 visto de um interceptador F-16 dinamarquês em Bornholm, Dinamarca, em 27 de setembro de 2022. Mandato de Defesa Dinamarquês/Forsvaret Ritzau Scanpix/via REUTERS

Homem ucraniano procurado por explosões no gasoduto Nord Stream, dizem autoridades polacas.

As explosões deixaram gás escapando dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 – dois importantes condutos que transportavam gás russo para a Europa – e desencadearam uma grande operação para encontrar os responsáveis.

O escritório público do procurador-geral da Polônia confirmou à Reuters que recebeu o mandado de prisão para o suspeito, mas ele conseguiu deixar o território polonês, já que as autoridades alemãs não o incluíram em uma base de dados de pessoas procuradas.

A notícia surge após três meios de comunicação alemães informarem que o homem – descrito como um mergulhador – junto com outros dois suspeitos ucranianos, são considerados pelos procuradores federais alemães como tendo lançado um ousado ataque subaquático nos gasodutos a partir de um barco a vela em setembro de 2022.

Após uma investigação conjunta, as emissoras alemãs ARD, Die Zeit e Süddeutsche Zeitung informaram na quarta-feira que o mandado de prisão para o homem havia sido enviado ao governo polonês para aprovação em junho. O procurador-geral federal alemão não comentou os relatórios quando contatado pela CNN. Die Zeit informou que o homem negou envolvimento quando contatado pela publicação.

A origem das explosões tem sido objeto de especulações intensas e agravou ainda mais as tensões políticas na Europa sete meses após a invasão da Rússia na Ucrânia. Nenhum dos gasodutos estava ativamente transportando gás para a Europa no momento dos vazamentos, embora ainda contivessem gás sob pressão.

Investigadores encontraram provas de explosivos nos locais em novembro de 2022, levando os procuradores suecos a concluir que as explosões foram causadas por um ato de sabotagem.

De acordo com os novos relatórios da mídia alemã, os investigadores na Alemanha acreditam que o barco a vela partiu de Rostock, na Alemanha, em setembro de 2022, parando na Dinamarca, na Suécia e na Polônia, com uma tripulação de seis pessoas, incluindo cinco homens e uma mulher.

Durante a viagem, a tripulação é suspeita de ter mergulhado no Mar Báltico e fixado explosivos nos enormes gasodutos Nord Stream, que subsequentemente detonaram e danificaram ambas as linhas, de acordo com as publicações.

No ano passado, três oficiais americanos informaram à CNN que os EUA receberam inteligência de um aliado europeu de que o exército ucraniano estava planejando um ataque aos gasodutos três meses antes de serem atingidos.

O New York Times, por sua vez, informou em 2023 que a inteligência revisada pelos oficiais americanos sugeria que um grupo leal à Ucrânia, mas agindo independentemente do governo em Kyiv, estava envolvido na operação.

O governo ucraniano sempre negou qualquer envolvimento nas explosões.

O projeto Nord Stream já era controverso muito antes da invasão da Rússia na Ucrânia. Vários países ocidentais, incluindo a Polônia, expressaram preocupações de que isso aumentaria a influência de Moscou sobre a Europa.

A Alemanha, no entanto, apoiou firmemente o caro projeto de gasoduto de milhões de dólares, de 750 milhas, antes de finalmente cancelar os planos após a invasão da Rússia, logo quando estava prestes a entrar em operação.

As explosões afetaram não apenas os gasodutos Nord Stream 1 e 2, como também desencadearam preocupações e tensões em toda a Europa.

Após os ataques, os investigadores encontraram vestígios de explosivos perto dos gasodutos danificados em vários países europeus.

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