Hamas reivindica a autoria de um atentado em Jerusalém que causou três mortos
O primeiro ataque foi perpetrado na periferia ocidental de Jerusalém, onde não existem postos de controlo. Segundo a polícia e as equipas de socorro, dois atacantes palestinianos abriram fogo numa paragem de autocarro e mataram três pessoas - um homem de 73 anos e duas mulheres de 67 e 24 anos.
Os "dois terroristas" chegaram num carro, armados com uma espingarda de assalto M16 e uma pistola, e abriram fogo, disse o chefe da polícia de Jerusalém, Doron Torgeman.
Segundo a polícia, os dois atacantes foram "rapidamente mortos por tiros disparados por dois soldados que não estavam em serviço e por um civil". Durante a busca policial ao seu veículo, foram encontradas munições e armas, acrescentou o comunicado.
O Hamas declarou algumas horas mais tarde que o ataque de dois irmãos era "uma resposta natural aos crimes sem precedentes cometidos pelas forças de ocupação na Faixa de Gaza e contra crianças em Jenin", cidade da Cisjordânia ocupada por Israel desde 1967.
O Hamas referia-se a dois rapazes, de oito e 15 anos, mortos pelo exército israelita em Jenin, na quarta-feira. "Os nossos heróis estão a vingar o sangue dos mártires", declarou o Hamas e apelou a uma "escalada da resistência".
Segundo o Hamas, os atacantes eram dois irmãos de 38 e 30 anos. Ambos eram membros do braço armado do Hamas em Jerusalém Oriental. De acordo com a polícia israelita, ambos tinham estado presos no passado.
O Presidente israelita, Isaac Herzog, afirmou numa reunião com o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que o ataque era um exemplo da "guerra sem fim que estamos a travar contra as organizações terroristas, especialmente o Hamas".
Blinken afirmou que o ataque a tiro era um novo lembrete da "ameaça que os israelitas enfrentam todos os dias".
As imagens que circulam nas redes online e na televisão israelita mostram dois homens a sair de um carro branco e a disparar contra pessoas que esperavam por um autocarro, antes de os guardas de segurança e os transeuntes intervirem e ripostarem.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou no serviço online Telegram que a rápida intervenção dos dois soldados e do civil "impediu um ataque ainda pior". "O meu governo vai continuar a alargar a distribuição de armas aos cidadãos", anunciou.
Pouco tempo depois, dois soldados ficaram ligeiramente feridos num ataque com um carro a um posto de controlo na Cisjordânia. Os soldados que se encontravam no local "neutralizaram" o atacante com tiros, explicou o exército. Os soldados feridos foram levados para o hospital para receberem tratamento e a área em redor do posto de controlo foi "revistada à procura de outros suspeitos".
Os dois ataques ocorreram pouco depois do prolongamento do cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, que estava em vigor desde sexta-feira. Em 7 de outubro, centenas de combatentes do Hamas infiltraram-se em Israel e cometeram atrocidades, principalmente contra civis. Em resposta, Israel bombardeou maciçamente alvos na Faixa de Gaza durante semanas.
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Fonte: www.stern.de