Guerra de Gaza: Alemanha e Comissão Europeia alertam para ataques na Europa
AComissária Europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, considera que existe um "enorme risco de ataques terroristas" na próxima época festiva. A comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, considera que existe um "enorme risco de atentados terroristas" na próxima época festiva, referindo que a guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas está a polarizar a sociedade.
Faeser afirmou ainda que a guerra no Médio Oriente está a agravar a situação. "O perigo de uma maior emocionalização e radicalização dos autores de actos de violência islâmicos é elevado", sublinhou o Ministro do Interior. O Gabinete para a Proteção da Constituição alertou recentemente para o perigo de ataques islâmicos.
Johansson anunciou um montante adicional de 30 milhões de euros para a proteção de locais particularmente vulneráveis, como os locais de culto. Em Paris, no fim de semana, um islamista conhecido da polícia esfaqueou até à morte um turista alemão. Num vídeo, o agressor justificou o seu ataque invocando, entre outras coisas, a violência contra os palestinianos. Também reivindicou a sua fidelidade à milícia jihadista Estado Islâmico (EI).
A ministra do Interior sueca, Maria Malmer Stenergard, recordou igualmente o islamista que, em meados de outubro, matou a tiro dois adeptos de futebol suecos à margem de um jogo de qualificação para o Campeonato Europeu em Bruxelas e feriu outros. A milícia IS também reivindicou a responsabilidade.
Faeser afirmou que as autoridades de segurança da Europa devem "estar particularmente atentas às ameaças islâmicas neste momento" e tomar medidas conjuntas contra a propaganda islâmica. Faeser referiu-se à proibição imposta ao Hamas na Alemanha. Antes da reunião da UE, Faeser já tinha trocado pontos de vista com a França, a Bélgica, a Áustria, a Suécia e a Espanha.
A reunião dos ministros do Interior centrar-se-á também na migração e na política comum de asilo. Na quarta-feira, os negociadores dos Estados-Membros e do Parlamento Europeu vão tentar chegar a um acordo sobre um pacto de asilo com o qual a UE pretende retirar as lições da crise dos refugiados de 2015.
O ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, que lidera as negociações em nome dos Estados-Membros, disse estar "razoavelmente otimista" quanto a um avanço. Faeser defendeu um compromisso, pois só assim poderá haver uma proteção eficaz das fronteiras externas.
Os planos incluem procedimentos de asilo mais curtos diretamente nas fronteiras externas da Europa e deportações mais rápidas. A Faeser manifestou a esperança de que o Parlamento Europeu faça melhorias "a favor da Alemanha". Entre outras coisas, o Parlamento exige isenções dos procedimentos fronteiriços para famílias com crianças. O governo alemão ficou em grande parte isolado em relação a esta exigência a nível dos Estados-Membros.
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Fonte: www.stern.de