Grupo Apec dividido quanto às guerras na Ucrânia e em Gaza
Os membros da Comunidade Económica Ásia-Pacífico (Apec) não conseguiram chegar a acordo sobre uma posição comum relativamente às guerras na Ucrânia e em Gaza, na cimeira de São Francisco. Os dois conflitos foram deixados de fora da declaração final conjunta.
Numa comunicação separada da presidência da Apec, foi afirmado que "a maioria dos membros" condenou veementemente a agressão da Rússia contra a Ucrânia. Na reunião de São Francisco, os países membros também "trocaram pontos de vista" sobre a crise na Faixa de Gaza e apresentaram as suas "posições respectivas". No entanto, alguns Chefes de Estado e de Governo opuseram-se à inclusão destes temas na declaração final "por considerarem que a Apec não é um fórum para debater questões geopolíticas".
Putin não participa na reunião da Apec
O grupo Apec reúne 21 países de todo o Pacífico. Para além do anfitrião deste ano, os Estados Unidos, estão incluídos a China, a Rússia e o Japão, bem como os países de maioria muçulmana, a Malásia e a Indonésia. Cerca de 40 por cento da população mundial vive nos países da Apec. Em conjunto, o bloco é responsável por cerca de 60% do produto interno bruto (PIB) mundial. O grupo tem por objetivo reforçar o crescimento económico dos países membros da região Ásia-Pacífico através da redução dos obstáculos comerciais.
A Rússia esteve representada na reunião de São Francisco pelo Vice-Primeiro-Ministro Alexei Overchuk. Muitos representantes da liderança russa estão sujeitos a sanções devido à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. As suas deslocações ao Ocidente são, por isso, consideradas sensíveis. O líder do Kremlin, Vladimir Putin, já tinha ficado de fora da reunião da Apec no ano passado. Na cimeira da Tailândia, a grande maioria dos países da Apec condenou a guerra na Ucrânia na declaração final. Ao mesmo tempo, foi também afirmado que existiam "outros pontos de vista e diferentes avaliações da situação".
Desde então, a guerra de Israel contra o Hamas islâmico, que governa a Faixa de Gaza, veio acrescentar mais um conflito internacional. Em especial nos países predominantemente muçulmanos, há críticas às acções dos militares israelitas e uma grande solidariedade para com os palestinianos em Gaza.
Fontewww.dpa.com