Exército israelita prossegue "combates intensos" na Faixa de Gaza
As forças armadas israelitas mataram "numerosos" combatentes na cidade de Chan Junis, acrescentou o exército. Esta ação faz parte dos "combates prolongados" na Faixa de Gaza, onde cerca de 450 alvos foram atacados em 24 horas. As imagens divulgadas pelo exército israelita mostram unidades navais a disparar contra infra-estruturas do Hamas a partir do Mediterrâneo.
Outros vídeos do exército mostraram ataques a alvos em Chan Junis, no sul da Faixa de Gaza. O exército apelou aos residentes dos bairros de Jabaliya, Shejaiya e Zeitun, em Gaza, para se deslocarem para oeste.
No norte da Faixa de Gaza, o exército também terá encontrado outro depósito de armas do Hamas. Para além de peças de foguetes, lançadores e outras armas, foi descoberto um túnel com um quilómetro de comprimento na Universidade de Al-Azhar, no distrito de Rimal, em Gaza.
De acordo com informações israelitas, 91 soldados israelitas foram mortos na Faixa de Gaza até à data.
Por seu lado, o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, declarou que estava a lutar contra as tropas israelitas "em todos os eixos". Na sexta-feira, o Ministério da Saúde, controlado pelos islamitas, comunicou mais 40 mortes em combates perto da cidade de Gaza e dezenas de outras em Jabaliya e Khan Yunis. Entretanto, o braço armado do Hamas, as Brigadas Essedine al-Qassam, afirmou ter disparado mais rockets contra o território israelita.
Perante a perspetiva de novos ataques do Hamas contra Israel, o Ministro dos Negócios Estrangeiros Baerbock rejeitou o apelo a um cessar-fogo geral. Uma "exigência emocionalmente óbvia como a de um cessar-fogo geral" é "sem sentido de facto, porque não dá qualquer resposta sobre a forma como o terror do Hamas pode ser travado, como o Hamas pode depor as suas armas, como Israel pode voltar a estar seguro", afirmou o político verde na Conferência Mundial sobre o Clima (COP28), no Dubai.
Ao mesmo tempo, as coisas não podem continuar como estão atualmente, disse Baerbock. "Esperamos que Israel adapte a sua ação militar de forma a aliviar o sofrimento dos civis, a permitir mais ajuda humanitária, especialmente no norte do país, a tomar medidas militares mais direccionadas e a aceitar menos vítimas civis", acrescentou Baerbock. Acrescentou que o governo alemão estava a coordenar estreitamente com os Estados árabes, que estavam envolvidos tanto na ajuda humanitária como como mediadores.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque brutal do Hamas em 7 de outubro. Nesse dia, centenas de combatentes da organização palestiniana, classificada como organização terrorista pelos EUA e pela UE, invadiram Israel e cometeram atrocidades, sobretudo contra civis.
Segundo informações israelitas, cerca de 1200 pessoas foram mortas e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. O Hamas continua a manter 138 reféns, incluindo mulheres e crianças.
Em resposta, Israel iniciou ataques maciços contra alvos na Faixa de Gaza. De acordo com os números do Hamas, que não podem ser verificados de forma independente, pelo menos 17 177 pessoas foram mortas no território palestiniano desde o início da guerra, a maioria das quais mulheres e crianças.
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Fonte: www.stern.de