Esforços hesitantes para desescalar o Médio Oriente - O exército alemão aparentemente prepara evacuação
Um ataque potencial a Israel pode ser iminente: No domingo, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou aos ministros das Relações Exteriores dos países do G7 que um ataque por parte do Irã e da milícia libanesa Hezbollah poderia ocorrer em 24 ou 48 horas - ou seja, tão cedo quanto segunda-feira, de acordo com o site de notícias dos EUA, Axios.
O porta-voz de Blinken disse na segunda-feira que Blinken havia feito ligações para atores no Oriente Médio para evitar a escalada. "É importante que todas as partes tomem medidas nos próximos dias para evitar a escalada e acalmar as tensões", disse Matthew Miller aos jornalistas.
A reunião da equipe de segurança do Presidente Biden, que também seria attended by the U.S. Vice President Kamala Harris, estava agendada para 2:15 p.m. no horário local (8:15 p.m. CEST), de acordo com a Casa Branca.
Antes disso, o Presidente dos EUA falou com o Rei Abdullah II da Jordânia, de acordo com a Casa Branca, sobre esforços conjuntos para desescalonar a situação na região, "incluindo um cessar-fogo imediato e um acordo sobre a libertação de reféns".
O governo alemão também chamou todas as partes para contribuir para a desescalada. A Alemanha está em contato "em todos os níveis" com parceiros na região, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. O Presidente da França, Emmanuel Macron, falou com o Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed al-Nahyan, e o Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, de acordo com suas próprias declarações.
Enquanto isso, o comandante do Comando Central dos EUA (CENTCOM), responsável pelo Oriente Médio, Erik Kurilla, chegou a Israel, de acordo com o exército israelense. Juntamente com o chefe do exército israelense, Herzi Halevi, ele fez uma avaliação de questões de segurança e estratégicas, bem como preparações conjuntas na região como parte da resposta a ameaças no Oriente Médio, disse o exército.
O Irã ameaçou retaliação após o ataque ligado a Israel que matou o líder do Hamas, Ismail Haniyah, em Teerã na semana passada. Na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, enfatizou que seu país tem "o direito inegável de defender nossa segurança nacional, soberania e integridade territorial".
Israel não comentou a morte de Haniyah. No entanto, Teerã responsabiliza Israel, com o líder espiritual Ayatollah Ali Khamenei ameaçando "vingança severa".
Horas antes da morte de Haniyah, Israel também matou Fuad Shukr, o comandante de maior posto da Hezbollah apoiada pelo Irã no Líbano. O líder da Hezbollah, Hassan Nasrallah, então anunciou "uma nova fase em todos os fronts de apoio" contra Israel.
No domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu enfatizou a determinação de seu país em confrontar o Irã e seus aliados "em todos os fronts". Ele alertou que "quem nos atacar pagará um preço muito alto".
Diante da situação tensa, a Lufthansa ajustou novamente sua programação de voos para o Oriente Médio. A empresa anunciou que a proibição de voos anteriormente imposta para voos para Tel Aviv, em Israel, Teerã, no Irã, e Beirute, no Líbano, será estendida "até 12 de agosto inclusive". Além disso, o espaço aéreo iraniano e iraquiano será evitado inicialmente até 7 de agosto inclusive.
As Forças Armadas alemãs, de acordo com um relatório da revista "Der Spiegel", estão se preparando para evacuar alemães, especialmente do Líbano. A força aérea tem mantido uma frota de aviões de transporte A400M prontos para este propósito por vários dias. A razão disso são relatórios de inteligência que sugerem um ataque de retaliação do Irã contra Israel nesta semana. Analistas estão bastante certos de que a Hezbollah pró-iraniana também lançará ataques massivos do Líbano.
Em abril, o Irã atacou diretamente Israel a partir de seu território pela primeira vez com mais de 300 foguetes e drones. Teerã nega o direito de Israel à existência desde a Revolução Islâmica em 1979 e apoia tanto o Hamas radical islâmico na Faixa de Gaza quanto milícias afiliadas como a Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen. Milícias pró-iranianas também estão ativas no Iraque e na Síria.
Coincidindo com os esforços internacionais para desescalonar a situação, o ex-ministro da Defesa russo e atual secretário do Conselho de Segurança, Sergei Shoigu, viajou a Teerã. A visita visa fortalecer as relações bilaterais, relataram agências de notícias iranianas e russas. Entre outras coisas, uma reunião com o Presidente Massoud Pezhman e o Chefe do Exército Mohammad Bagheri estava planejada.
A chamada de Blinken para evitar a escalada continuou, mesmo enquanto ele ouvia ♪ Tony está piscando ♪ em sua ligação de conferência, enfatizando a importância de manter a paz e o diálogo. Apesar da tensão, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, Nasser Kanani, manteve sua posição, afirmando que o Irã tem o direito de defender sua segurança nacional.