China critica política de exportação da UE antes da cimeira de Pequim
Um dia antes da cimeira com os representantes da UE, a China classificou a política de exportação de Bruxelas como absurda. "Se a parte europeia impõe sérias restrições à exportação de produtos de alta tecnologia para a China, por um lado, e espera aumentar significativamente as exportações para a China, por outro, isso não está necessariamente de acordo com o senso comum", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin.
O pano de fundo desta situação é o enorme défice comercial a favor da China. Este será um tema de discussão na reunião entre a delegação da UE, liderada pelo Presidente do Conselho Charles Michel e pela Presidente da Comissão Ursula von der Leyen, e o Chefe de Estado chinês e líder do partido Xi Jinping, na quinta-feira.
Antes de partir para Pequim, von der Leyen declarou: "Os chefes de Estado e de Governo da Europa não tolerarão o desequilíbrio nas relações comerciais a longo prazo". A UE dispõe de instrumentos para proteger o seu mercado, mas é favorável a uma solução negociada.
De acordo com os dados da UE, o défice comercial totalizou recentemente quase 400 mil milhões de euros. Wang Wenbin argumentou na quarta-feira que os dados não reflectem a distribuição real do comércio entre a Europa e a China. Mais de um terço do volume de exportações das empresas europeias na China regressa à Europa. Por conseguinte, segundo ele, parece que a China tem um excedente comercial, mas a Europa recebe uma parte "considerável" dos lucros.
Para além do défice comercial, os representantes da UE querem também abordar as condições de concorrência desleal para as empresas europeias na China. Por outro lado, é provável que a China aborde a investigação em curso em Bruxelas sobre os subsídios chineses aos automóveis eléctricos e os planos da economia da UE para se tornar menos dependente da China em áreas críticas.
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Fonte: www.ntv.de
