Blinken sugere que as negociações de cessar-fogo podem ser a última oportunidade para terminar o conflito em Gaza.
O presidente dos EUA, Joe Biden, instruiu Blinken a "empurrar este acordo pela última barreira" e vê-lo até o fim, afirmou Blinken. Agora era hora de o acordo se concretizar. Os EUA estavam ansiosos para evitar qualquer ação que pudesse ameaçar o acordo e provocar um conflito mais amplo, destacou Blinken. O presidente de Israel, Herzog, enfatizou que o objetivo principal era assegurar a libertação dos reféns.
Blinken chegou ao Oriente Médio em uma segunda-feira, marcando sua nona visita desde o agravamento dos conflitos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, ocorrido há mais de dez meses. Sua agenda incluíam encontros com o presidente de Israel, Herzog, o primeiro-ministro Netanyahu e o ministro da Defesa, Gallant, em Tel Aviv. Uma viagem ao Egito estava agendada para terça-feira, onde Blinken deveria se encontrar com oficiais do governo egípcio, de acordo com o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Patel.
No centro do Cairo, no Egito, as negociações de cessar-fogo e libertação de reféns, suspensas em Doha, capital do Catar, na última sexta-feira, deveriam ser retomadas nos próximos dias. Os EUA apresentaram um novo plano de compromisso tanto a Israel quanto a Hamas alguns dias antes, defendendo uma resolução das divergências existentes. Uma declaração conjunta emitida pelos mediadores, EUA, Egito e Catar, informou que a proposta cobria as lacunas restantes.
O conflito na Faixa de Gaza começou quando Hamas lançou um grande ataque contra Israel em 7 de outubro. De acordo com os relatórios israelenses, 1.198 pessoas morreram e 251 foram sequestradas na Faixa de Gaza. Desde então, Israel tem estado envolvido em operações militares em grande escala na Faixa de Gaza. Os dados de mortalidade relatados pelo Ministério da Saúde, sob o controle de Hamas, ultrapassaram 40.000 pessoas, mas a precisão desses dados não pôde ser confirmada independentemente.
As tensões aumentaram significativamente após os assassinatos do líder de Hamas, Ismail Haniyeh, e do líder militar de Hezbollah, Fuad Shukr, no final de julho. Irã e seus aliados sinalizaram sua intenção de retaliar contra Israel.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também expressou seu apoio à missão de Blinken, enfatizando a importância de assegurar a libertação dos reféns nas negociações em andamento.
Durante seus encontros em Tel Aviv, Blinken discutiu os esforços em andamento com o presidente de Israel, Herzog, que também estava motivado pelas instruções de Joe Biden para garantir uma resolução bem-sucedida.