Bartsch apela a um "imposto sobre a riqueza climática" após o julgamento do orçamento
O líder do grupo parlamentar de esquerda, Dietmar Bartsch, apelou a um "imposto sobre a riqueza climática", tendo em conta as preocupações financeiras da coligação dos semáforos. "Depois da decisão de Karlsruhe, não deve haver cortes sociais para tapar o buraco de 60 mil milhões", disse Bartsch à Redaktionsnetzwerk Deutschland. Não são as "pessoas pequenas", mas os multimilionários e os bilionários que devem ser chamados a modernizar a Alemanha.
Na semana passada, o Tribunal Constitucional Federal anulou a reafectação de 60 mil milhões de euros de empréstimos no orçamento de 2021. Estes empréstimos foram aprovados para fazer face à crise do coronavírus, mas deveriam ser utilizados para a proteção do clima e para a modernização da economia. Agora, os milhares de milhões não estão disponíveis. Por isso, o FDP discutiu cortes nas prestações sociais.
"Os últimos números da Oxfam mostram que Precisamos de um imposto sobre a riqueza climática", afirmou Bartsch. A organização de desenvolvimento Oxfam apresentou um relatório na segunda-feira, segundo o qual o 1% mais rico da população mundial causou tantos gases com efeito de estufa prejudiciais ao clima em 2019 como os cinco mil milhões de pessoas que constituem os dois terços mais pobres.
Bartsch exigiu que as poupanças necessárias na sequência do acórdão sejam feitas noutros locais. O fundo especial para a Bundeswehr, que o Partido da Esquerda rejeita, deve ser examinado e reduzido em conformidade.
Fontewww.dpa.com