Alemanha apela a restrições à entrada de colonos violentos
Os violentos ataques israelitas contra palestinianos na Cisjordânia estão a aumentar. Os EUA estão a tomar medidas. Pretendem restringir a entrada de extremistas israelitas. A União Europeia deveria seguir este exemplo, segundo o Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros.
O governo alemão gostaria de alargar à UE as restrições de entrada impostas pelos EUA aos colonos israelitas extremistas. Um porta-voz do Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros afirmou em Berlim que a Alemanha se congratulava com a atitude dos Estados Unidos e com as medidas adoptadas. "Na nossa opinião, é importante fazer avançar este debate também a nível europeu", acrescentou o porta-voz, tendo em vista a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE na segunda-feira. O Governo alemão desempenhará um papel ativo nesta reunião.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou em Washington que se tem registado um aumento alarmante dos actos de violência. Entre estes actos conta-se "um nível de violência sem precedentes por parte dos colonos israelitas extremistas", que visam os palestinianos e as suas propriedades e desalojam comunidades inteiras, bem como a violência dos militantes palestinianos contra os israelitas. De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, as novas restrições destinam-se a pessoas envolvidas no "comprometimento da paz, da segurança ou da estabilidade na Cisjordânia". Os familiares directos poderão também ser afectados pelas restrições.
O governo dos EUA tem denunciado sistematicamente a violência de ambos os lados e apelado ao governo israelita para que faça mais para levar os colonos extremistas à justiça. No entanto, a ação empreendida foi "insuficiente", afirmou Miller.
Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel conquistou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, entre outros territórios. Atualmente, cerca de 600.000 israelitas vivem na região, em mais de 200 colonatos. Os palestinianos reivindicam os territórios como parte do seu próprio Estado. Em 2016, o Conselho de Segurança da ONU classificou estes colonatos como uma violação do direito internacional e apelou a Israel para que deixasse de os construir.
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Fonte: www.ntv.de