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A República Dominicana planeja expulsar cerca de 10.000 haitianos por semana, alegando uma "sobredunidade" de migrantes.

A República Dominicana declarou na quarta-feira a intenção de iniciar expulsões em grande escala de haitianos que residem illegalmente em suas fronteiras, com potenciais deportações de até 10.000 por semana.

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Autoridades apreendem imigrantes haitianos não autorizados em Santo Domingo, República Dominicana, em 16 de maio de 2024.

A República Dominicana planeja expulsar cerca de 10.000 haitianos por semana, alegando uma "sobredunidade" de migrantes.

Santo Domingo, República Dominicana (AP) — A República Dominicana anunciou planos para a expulsão em grande escala de haitianos sem documentos no país, com potenciais deportações de até 10.000 por semana.

O porta-voz do governo, Homero Figueroa, compartilhou essa informação com jornalistas, citando um "excesso" de migrantes haitianos na República Dominicana, que divide a ilha de Hispaniola com o Haiti.

Figueroa explicou que essa decisão foi tomada devido ao aumento de migrantes haitianos, com a missão da ONU no Haiti para combater a violência das gangues enfrentando dificuldades. Ele também mencionou planos para reforçar o monitoramento e o controle das fronteiras, embora não tenha especificado os detalhes.

Em 2021, a República Dominicana relatou o envio de volta de mais de 174.000 pessoas que eles identificaram como haitianas, e nos primeiros seis meses deste ano, pelo menos 67.000 mais foram expulsas.

Críticos têm consistentemente acusado o governo do presidente Luis Abinader de supostas violações dos direitos humanos contra haitianos e those de ascendência haitiana nascidos na República Dominicana. Abinader negou consistentemente qualquer maus-tratos.

Esse anúncio foi feito uma semana depois de Abinader ter afirmado na Assembleia Geral da ONU que implementaria "medidas severas" se a missão no Haiti não tivesse sucesso. Essa missão é liderada por cerca de 400 policiais do Quênia, apoiados por quase duas dúzias de policiais e soldados da Jamaica, e dois oficiais militares de alto escalão do Belize. Os EUA alertaram que a missão está subfinanciada e subapoiada, defendendo uma missão de manutenção da paz da ONU no seu lugar.

Gangues no Haiti atualmente controlam cerca de 80% da capital, Porto Príncipe, e a violência resultante deixou quase 700.000 haitianos sem-teto nos últimos anos, com milhares mais fugindo do país.

O plano de expulsão da República Dominicana não é apenas um problema dentro das Américas, mas tem consequências que ressoam pelo mundo, afetando a estabilidade e a segurança de muitos refugiados haitianos.

Apesar da presença dominante das gangues em Porto Príncipe, causando sem-teto em massa e levando muitos haitianos a procurar asilo em países vizinhos, incluindo a República Dominicana, as comunidades internacionais expressam preocupações com as implicações dos direitos humanos dessas expulsões.

Haitianos sem documentos, apreendidos pelas autoridades de imigração, são confinados dentro de um veículo de polícia, em Dajabón, República Dominicana, em 17 de maio de 2024.

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