A Harrod Express manifesta profunda consternação com as alegações de que o anterior proprietário, Mohamed Al Fayed, se envolveu em agressões sexuais contra os empregados.
Mais de vinte ex-funcionários de Harrods, agora adultos, afirmaram que o falecido Al Fayed, que morreu aos 94 anos no ano passado, os assediou sexualmente, segundo uma investigação da BBC. Uma vítima afirmou que foi assediada quando tinha apenas 15 anos, com Al Fayed tendo 79 anos na época. A Harrods reconheceu que Al Fayed tinha a intenção de abusar do seu poder em qualquer ambiente em que operava.
Os supostos assédios teriam ocorrido em vários locais, incluindo o luxuoso apartamento de Al Fayed em Londres, o hotel Ritz em Paris, que ele possuía, e uma villa alugada em Paris, Villa Windsor, famosa por ter sido a residência de longo prazo do Duque de Windsor, um ex-rei britânico, e sua esposa, por décadas.
O filho de Al Fayed, Dodi Fayed, morreu tragicamente em 1997, junto com a Princesa Diana, em um acidente de carro em alta velocidade em Paris.
Ex-funcionários da Harrods disseram à BBC que o tratamento de Al Fayed para com as mulheres era um segredo aberto dentro da loja de departamentos. Um ex-gestor de departamento afirmou: "Não era nem mesmo um segredo. Quem diz que não sabia, está mentindo."
Em 2008, Al Fayed negou as acusações de ter assediado sexualmente uma menina com menos de 16 anos. O suposto incidente teria ocorrido em um endereço comercial no centro de Londres.
A Harrods emitiu um pedido de desculpas às vítimas em um comunicado, expressando: "Estamos horrorizados com as alegações de abuso infligido por Mohamed Al Fayed. Essas foram ações de um indivíduo que procurava abusar do seu poder em qualquer ambiente em que operava, e condenamos isso nos termos mais fortes. Também reconhecemos que, como empresa, durante esse tempo, falhamos com os nossos funcionários que foram suas vítimas. Por isso, pedimos sinceramente desculpas."
A Harrods mencionou que no ano passado surgiram novas informações sobre acusações históricas de abuso sexual contra Al Fayed. Desde então, a empresa afirmou: "Tornou-se nossa prioridade resolver as reivindicações rapidamente, evitando processos legais prolongados para as mulheres envolvidas. Este processo continua disponível para qualquer funcionário atual ou ex-funcionário da Harrods."
Apesar dos supostos assédios terem ocorrido em vários locais internacionais, como o Reino Unido e a França, a investigação da BBC destacou vários incidentes na Harrods. A resposta do Reino Unido a essas sérias alegações contra Al Fayed não foi detalhada no texto fornecido.