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A extinção da humanidade coincide com a da espécie.

Em um contexto ecológico, todas as formas de vida possuí­am papéis específicos e estão...
Em um contexto ecológico, todas as formas de vida possuí­am papéis específicos e estão interligadas: a extinção de uma espécie pode desencadear repercussões em outras.

A extinção da humanidade coincide com a da espécie.

Na intrincada teia da natureza, cada planta, animal e fungo desempenha um papel essencial. A disappearance de uma espécie pode levar a consequências de longo alcance, até mesmo afetando os humanos. Uma investigação recente levantou preocupações: mais espécies correm risco de extinção do que se pensava anteriormente.

A vida humana está entrelaçada com a natureza. "Do ar que respiramos, água potável limpa, comida, roupas, materiais de combustível, materiais de construção e medicamentos - nossa saúde, nutrição e bem-estar dependem da vasta gama de recursos que a natureza proporciona", explica a Rede de Pesquisa Leibniz sobre Biodiversidade em um relatório. No entanto, a biodiversidade da Terra está ameaçada. Mais de dois milhões de espécies de plantas e animais em todo o mundo correm risco de extinção, com a Europa perdendo uma em cada cinco de suas espécies, de acordo com um estudo.

Uma equipe de pesquisa, incluindo Axel Hochkirch do Museu Nacional de História Natural do Luxemburgo e da Universidade de Trier, analisou as espécies de vertebrados da Europa, incluindo anfíbios, aves, peixes, répteis, mamíferos, invertebrados como borboletas e abelhas, e diversas espécies de plantas. Eles encontraram que 19% das 14.669 espécies examinadas estão ameaçadas de extinção na Europa, com 27% das plantas nativas em risco e 24% dos invertebrados e 18% dos vertebrados afetados.

O estudo, publicado em novembro de 2023 na revista "PLoS One", revela que o número de espécies ameaçadas não difere significativamente entre diferentes grupos de espécies.

Usando novos dados, a equipe também encontrou que o número global de espécies ameaçadas é o dobro do que a Plataforma Intergovernamental de Ciência-Política sobre Biodiversidade e Serviços Ecosistêmicos (IPBES) estimou em 2019. Naquela época, a IPBES estimou que um milhão das oito milhões de espécies estavam ameaçadas.

Uma perda irreversível

Os sistemas da natureza são complexos, com nenhuma espécie existindo em isolamento. Cada espécie desempenha um papel em seu ecossistema, desde árvores e fungos até insetos. A estabilidade dos ecossistemas depende de sua diversidade. Cientistas concordam que a extinção de uma espécie aumenta o risco de grandes colapsos de ecossistemas e coloca em jogo a sobrevivência humana.

" A extinção de espécies determina, em última instância, se a raça humana sobreviverá na Terra", disse a bióloga Katrin Böhning-Gaese ao "Mirror". Carl Beierkuhnlein, chefe da cadeira de biogeografia da Universidade de Bayreuth, compartilha dessa visão. A biodiversidade é crucial para proteger contra inundações, água subterrânea limpa, estabilidade de encostas, polinização de culturas e muitos outros serviços ecossistêmicos existenciais. " Nenhuma sociedade pode permitir-se substituir esses serviços naturais por soluções tecnológicas", diz Beierkuhnlein.

Mais de dois terços dos cultivos agrícolas globais, incluindo muitos frutas e vegetais, café e cacau, dependem de predadores naturais como insetos. Sem eles, o suprimento de alimentos humanos poderia se tornar significativamente escasso. Atualmente, um terço de todas as espécies de insetos em todo o mundo corre risco de extinção. Para a medicina, uma perda adicional de diversidade biológica seria um desastre, já que muitos medicamentos vêm da natureza - cerca de 70% no tratamento do câncer apenas.

"Na diversidade biológica reside o conhecimento de 3,5 bilhões de anos de evolução natural", diz Klement Tockner, professor de ciências de ecossistemas e diretor-geral da Sociedade Senckenberg, ao "Onda Alemã". "A perda contínua de nosso capital natural representa a maior ameaça à humanidade - uma vez perdida, ela se foi para sempre."

"O que falta são ações"

As causas da extinção de espécies são muitas, com o uso intensivo da terra e do mar sendo a maior ameaça, de acordo com o estudo. "Enquanto já se reconheceu que as mudanças no uso da terra agrícola representam uma ameaça significativa, nossa análise é a mais abrangente e clara até agora em confirmar a extensão dessa ameaça na escala continental", escrevem os autores. O excesso de recursos biológicos e as condições climáticas extremas causadas pela mudança climática também representam uma ameaça significativa à biodiversidade.

No entanto, os pesquisadores também veem motivos para esperança: reintroduções de espécies animais e proteção especial poderiam ajudar a preservar a biodiversidade. "É importante iniciar medidas para proteger espécies ameaçadas. Essas já mostraram sucesso em vertebrados, como evidenciado pela expansão de espécies anteriormente ameaçadas, como o cisne negro, a águia-pesqueira, a águia-pescadora e o castor", diz Hochkirch. "É importante implementar as medidas de conservação necessárias a tempo. Já temos evidências suficientes para agir - o que falta são ações."

A importância de preservar a biodiversidade é destacada nesse contexto, já que a educação sobre o papel crítico de cada espécie em ecossistemas pode inspirar ações para protegê-las. Por exemplo, estudantes aprendendo sobre a relação entre abelhas e culturas poderiam se tornar defensores da conservação das abelhas, contribuindo assim para a segurança alimentar.

Na busca para reverter a atual crise da biodiversidade, a educação desempenha um papel fundamental ao aumentar a conscientização e fomentar um senso de responsabilidade entre os indivíduos para preservar os frágeis ecossistemas da Terra e os valiosos seres que os habitam.

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