A China insta o novo presidente da Argentina a preservar as relações
Após a eleição do populista de direita Javier Milei como novo presidente da Argentina, as relações com a China, a Rússia e outras grandes economias emergentes estão a ser postas à prova. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim declarou que seria um "erro grave" se o país sul-americano rompesse as suas relações com países importantes como a China ou o Brasil, como ameaçado.
A China é um parceiro comercial importante para a Argentina, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, salientou que o anterior governo de Buenos Aires atribuiu grande importância às relações com a China.
A agência noticiosa russa RIA Novosti também citou a economista Diana Mondino, que, segundo os rumores, será a futura Ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, afirmando que o seu país recusará o convite para se juntar ao grupo Brics das principais economias emergentes. Em agosto, os Estados do Brics, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, convidaram a Argentina e outros cinco países a aderir ao grupo a partir de 1 de janeiro.
Milei venceu as eleições presidenciais no domingo. Durante a campanha eleitoral, o político de direita radical-liberal já se tinha distanciado da China e do Brasil de esquerda e declarado que não queria trabalhar com "comunistas". Pretende também reduzir as relações anteriormente estreitas da Argentina com a Rússia e apoiar o governo de Kiev na guerra da Ucrânia. Em contrapartida, ele busca laços mais fortes com os EUA.
A posição de Milei contrasta fortemente com a posição do governo de centro-esquerda do presidente cessante Alberto Fernandez, que descreveu a China como o "verdadeiro amigo" da Argentina durante uma visita a Pequim no mês passado.
Fontewww.ntv.de