A central nuclear de Zaporizhzhya esteve "à beira de um acidente nuclear"
Durante a noite, a central nuclear de Zaporizhia, ocupada pelos russos, perde energia - pela oitava vez desde o ataque à Ucrânia. O operador tem de utilizar geradores para evitar uma fusão. O motivo da quase catástrofe terá sido um ataque aéreo.
Devido a um corte temporário de energia, a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhya, ocupada pelas tropas russas, terá estado "à beira de um acidente nuclear" durante a noite, segundo o operador. "Ontem à noite, houve um apagão total na central nuclear de Zaporizhzhya", explicou a Energoatom no Telegram. Foi necessário recorrer a geradores. O fornecimento de energia através da rede eléctrica ucraniana foi restabelecido algumas horas mais tarde, ao início da manhã.
Segundo a Energoatom, duas linhas eléctricas foram "interrompidas" na central nuclear controlada pela Rússia no sul do país, uma delas por um ataque aéreo. "As forças de ocupação (russas) não se preocupam com a segurança na central nuclear de Zaporizhzhya", afirmou o presidente da Energoatom, Petro Kotin.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) confirmou num comunicado que a central nuclear de Zaporizhia tinha ficado "temporariamente sem energia durante a noite". Esta foi a oitava falha de energia desde o início da invasão russa na Ucrânia. De acordo com a AIEA, a falha de uma das duas linhas deveu-se a um incidente "longe da central". A agência não forneceu mais pormenores. "O último corte de energia externo é mais uma chamada de atenção para a precariedade da segurança nuclear e da segurança da central eléctrica", afirmou o chefe da AIEA, Rafael Grossi, no comunicado. Esta segurança pode ser comprometida mesmo "por acontecimentos muito distantes da central".
Com seis reactores, a central nuclear de Zaporizhzhya é a maior central nuclear da Europa. O exército russo assumiu o controlo da central pouco depois do início da sua guerra de agressão contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022. Desde então, a central foi alvo de vários ataques.
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Fonte: www.ntv.de