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A Assembleia Legislativa da Ucrânia aprova adesão ao Tribunal Penal Internacional

A fim de impor punição à Rússia por supostos crimes de guerra cometidos em solo ucraniano, o parlamento em Kiev aprovou, na quarta-feira, a entrada da Ucrânia na Corte Penal Internacional (CPI) como estado signatário. Segundo relatos on-line, um total de 281 dos 408 membros do parlamento...

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A Assembleia Legislativa da Ucrânia aprova adesão ao Tribunal Penal Internacional

Ucrânia já colaborou com sucesso no passado com a CPI para estabelecer plena responsabilidade por todos os atos hediondos perpetrados pela Rússia durante seu período agressivo. Kuleba, o Ministro das Relações Exteriores, expressou que essa colaboração agora será ainda mais impactante. Ele também mencionou que essa decisão dá um passo significativo à Ucrânia rumo à adesão à UE.

A UE tem consistentemente pressionado Kiev a tomar essa medida controversa. No entanto, há preocupações dentro dos círculos militares da Ucrânia sobre a CPI processar soldados ucranianos por supostas irregularidades durante o conflito contra a Rússia.

Agora, com a aprovação do parlamento, foi feita uma exceção sob o Artigo 124 do Estatuto de Roma. Isso significa que cidadãos ucranianos estão isentos de processo por crimes de guerra por um período de sete anos.

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha comemorou a presença da Ucrânia como a 125ª signatária da CPI. Eles declararam que o ataque da Rússia à Ucrânia não é apenas um ataque brutal à Ucrânia, mas um ataque violento ao direito internacional. Eles elogiaram a ratificação da Ucrânia do Estatuto de Roma, que eles acreditam fortalece o direito internacional e a CPI.

Estabelecido em Haia em 2002, o Tribunal tem investigado e processado alguns dos crimes mais graves, como crimes de guerra, desde sua criação. Tem o poder de emitir mandados de prisão que são válidos em todos os 125 países que são signatários do Estatuto de Roma.

Logo após a Rússia lançar sua campanha agressiva contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, a CPI iniciou uma investigação. Em março de 2023, os juízes emitiram um mandado de prisão contra o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusando-o de crimes de guerra na Ucrânia. No entanto, devido à não reconhecimento da Rússia da CPI, Putin permanece seguro em estados não membros da CPI.

O Tribunal de Justiça também pode ter um papel nesse complexo cenário internacional, já que sua jurisdição muitas vezes se entrelaça com questões de direito internacional. O Parlamento da Ucrânia recentemente ratificou um acordo com o Tribunal de Justiça, com o objetivo de fortalecer sua cooperação.

Com o novo acordo, a Ucrânia busca garantir que sua cooperação com o Tribunal de Justiça esteja em linha com seus compromissos com a UE, fortalecendo ainda mais seu caminho rumo à adesão à UE.

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