A Agência Federal do Ambiente insiste num enorme fundo especial para a proteção do clima
A transformação energética e industrial vai custar muito dinheiro. Para fazer face a esta situação, o diretor da Agência Federal do Ambiente propõe a criação de um fundo financeiro adicional no valor de milhares de milhões. Ele também tem uma solução para a atual lacuna no orçamento.
Para garantir o investimento na proteção do clima, o diretor da Agência Federal do Ambiente, Dirk Messner, defende a criação de um fundo especial no valor de milhares de milhões. "Precisamos de um fundo especial para a expansão da nossa infraestrutura digital e para a proteção do clima", disse Messner ao Handelsblatt. As duas coisas estão ligadas. Messner pensa num valor de "50 mil milhões mais X", acrescentou.
Tal como no caso do fundo especial para a Bundeswehr, os partidos da oposição CDU e CSU teriam de ser envolvidos. "Isto reflectiria também o consenso democrático a favor deste grande projeto e garantiria a segurança das expectativas dos cidadãos e da economia", sublinhou o presidente da Agência Federal do Ambiente (UBA).
Na sequência do acórdão do Tribunal Constitucional Federal sobre o orçamento, que declarou inadmissíveis certos fundos especiais para além do orçamento normal e criou uma lacuna de milhares de milhões, Messner pronunciou-se a favor do aumento do preço do CO2. Este "deve subir para 50 euros" no próximo ano, exigiu. Até à data, o preço das emissões deste gás nocivo para o clima deverá aumentar de 30 para 40 euros no final do ano.
Considerar o alívio para os cidadãos
De acordo com o Governo alemão, os cofres do Estado receberão 1,3 mil milhões de euros adicionais em resultado do aumento do preço do CO2 para aquecimento e abastecimento de combustível. Neste contexto, Messner apelou à rápida introdução de um "dinheiro do clima" para aliviar o ónus dos cidadãos em caso de aumento dos preços do CO2. "Os cidadãos devem ter uma promessa clara de quando será introduzido o dinheiro do clima", disse o diretor da UBA ao Handelsblatt.
Muitas coisas estão agora a ser analisadas e devem ser colocadas à "nova velocidade alemã", acrescentou Messner. "A aceleração do dinheiro do clima deve fazer parte disso. As pessoas com uma "pegada de gases com efeito de estufa" baixa receberiam mais do que o preço do CO2 lhes custa.
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Fonte: www.ntv.de