Mulher viva encontrada num saco para cadáveres
Em Santa Catarina, Brasil, os médicos de uma clínica regional descobrem a morte de uma mulher idosa. O que até então não parecia nada de extraordinário, torna-se num momento de choque para o funcionário de um crematório: quando lhe é pedido que recolha o corpo da mulher, apercebe-se de que ela ainda respira.
O funcionário de um crematório em Santa Catarina, no Brasil, deve ter apanhado o maior susto da sua vida neste trabalho: No passado sábado, deveria ter recolhido o corpo de uma mulher de 90 anos, recentemente falecida, numa casa mortuária da cidade de São José. No entanto, o alegado cadáver pareceu-lhe invulgar, como noticiaram os meios de comunicação social locais. Quando finalmente abre o saco para cadáveres, apercebe-se de que a mulher nele envolvida ainda está viva.
Norma S. tinha sido declarada morta num hospital regional da cidade poucas horas antes, às 11h40 da noite. Segundo o portal de notícias brasileiro "Estadão", os médicos apontaram uma infeção do trato urinário como a causa da morte, com base na certidão de óbito emitida. O corpo da mulher foi então embrulhado num saco para cadáveres e levado para a casa mortuária. À uma e meia da madrugada, o funcionário do crematório chegou e constatou que o corpo ainda estava quente e não apresentava sinais de rigor mortis.
"Quando ele abriu o saco, ela estava a respirar muito fracamente", disse Jéssica Silvi Pereira, uma amiga da idosa de 90 anos, à plataforma de notícias brasileira NaTelinha. "Mas, como ela estava inconsciente, já não podia pedir ajuda". S. estava no saco há quase duas horas e "quase sufocou".
A família quer processar a clínica
Depois de ter sido descoberta pelo funcionário do crematório, S. foi imediatamente internada de novo na clínica. No entanto, morreu um dia depois. O segundo atestado de óbito emitido pela enfermaria afirma que a causa da morte foi "choque sético", como relata o "Estadão". Ainda não se sabe se a idosa de 90 anos morreu devido à sua doença ou porque não recebeu tratamento médico a tempo. Segundo a imprensa local, ela sofria de problemas hepáticos.
Pereira critica severamente os funcionários do hospital. S. deu entrada no hospital regional em mau estado de saúde. No entanto, estava consciente durante uma visita no sábado à tarde. "Abriu os olhos. Não tinha muita força, mas conseguiu abrir os olhos e viu que estávamos lá", disse Pereira ao "Estadão". No sábado à noite, ela e o filho de S. finalmente receberam a notícia de que a amiga e mãe havia morrido. Segundo Pereira, S. foi imediatamente levada para a casa mortuária sem que a família tivesse tempo de ver a idosa.
A família planeia agora processar o hospital. "Não se pode desejar tal negligência a ninguém", disse. O Ministério da Saúde de Santa Catarina abriu uma investigação sobre o caso. A comissão de ética também foi informada.
Fonte: www.ntv.de