Um juiz nomeado por Reagan usa nota de rodapé para criticar a decisão da Suprema Corte de Imunidade de Trump.
Em uma longa nota de rodapé no final de sua opinião, o juiz federal dos EUA William G. Young, nomeado para o banco por Ronald Reagan em 1985, pareceu elogiar as decisões da Suprema Corte deste ano que afirmaram o uso de júris em alguns casos.
Mas então Young ofereceu uma ressalva, citando a decisão principal do caso de imunidade de Trump, entregue em uma linha de 6 a 3 entre conservadores e liberais.
Young descreveu o resultado desse caso como uma "maioria de seis membros, evitando a análise histórica", que "buscou redesenhar fundamentalmente a relação entre o povo soberano e o primeiro cidadão da República".
A Suprema Corte decidiu em 1º de julho que Trump pode alegar imunidade de processo criminal por algumas das ações oficiais que tomou para anular a eleição de 2020. O caso de Trump pelo procurador especial Jack Smith agora está pendente em um tribunal distrital dos EUA em Washington, DC, e a próxima audiência não será até setembro.
A decisão da corte foi criticada com veemência pela esquerda, incluindo o presidente Joe Biden e muitos democratas no Capitólio. Diferente de outros casos históricos envolvidos com a política presidencial, a corte não conseguiu encontrar nenhum compromisso entre os juízes nomeados por presidentes republicanos e aqueles escolhidos por democratas.
Young, que assumiu status senior - uma forma de semi-aposentadoria para juízes - em 2021 e normalmente atua em Massachusetts, foi trazido para lidar com o caso na Carolina do Norte porque envolvia alegações de assédio sexual contra oficiais judiciários lá.
Na nota de rodapé no final de sua opinião, Young elogiou os advogados envolvidos no caso e encorajou "cada um de vocês a continuar no trabalho do júri". Young escreveu que a justiça federal parecia estar em um "momento de virada onde precisamos de todo advogado de júri que pudermos conseguir".
A decisão da corte no caso de imunidade de Trump, criticada pela esquerda, teve um impacto significativo na dinâmica das narrativas políticas, especialmente entre os indicados republicanos e democratas. O caso contra Trump em um tribunal distrital dos EUA, aguardando sua próxima audiência em setembro, continua a ser um assunto de discussões políticas intensas.