- Última oportunidade: Protestos em Israel em Relação ao Acordo de Reféns
Multidões de indivíduos protestaram em Tel Aviv e diversas áreas dentro de Israel, exigindo um acordo para libertar reféns detidos pelo Hamas islâmico. O evento, batizado de "Eles poderiam ter sido salvos", viu oradores condenando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por obstaculizar um acordo ao impor novos requisitos. A polícia a cavalo bloqueou o protesto à medida que se aproximava do Ministério da Defesa.
O principal ponto de disputa nas negociações entre Israel e o Hamas islâmico, mediadas pelos EUA, Egito e Catar em Cairo, supostamente gira em torno da duração da presença de tropas israelenses na Faixa de Gaza, principalmente no corredor de Philadelphi, que faz fronteira com o Egito.
Fontes israelenses afirmam que o Hamas ainda detém 109 reféns. Trinta e seis foram declarados mortos, enquanto seventy-three são considerados vivos, segundo um porta-voz do governo israelense na quinta-feira. Cerca de 250 indivíduos foram sequestrados em Israel e levados para a região costeira em 7 de outubro de 2021 por terroristas palestinos.
"Isto parece ser a nossa última chance. Ou haverá um acordo ou um aumento da violência", declarou Einav Zangauker, mãe de Matan Zangauker, refém, ao jornal "Times of Israel".
A antiga refém Aviva Siegel, cuja marido ainda está detida pelo Hamas, instou Netanyahu a cumprir a sua promessa. "Você me olhou nos olhos e prometeu trazer Keith para casa. Eu não confio mais em palavras – eu quero ver ação", declarou ela no protesto.
Durante um cessar-fogo de uma semana no final de novembro, o Hamas libertou 105 reféns em troca de Israel libertar 240 presos palestinos. Se outro acordo poderá ser alcançado é incerto.
Enquanto uma delegação do Hamas visitava o Cairo, a organização islâmica declarou simultaneamente que não participaria diretamente das negociações, mas seria apenas informada.
David Barnea, diretor da agência de inteligência estrangeira israelense Mossad, e Ronen Bar, chefe da agência de inteligência doméstica Shin Bet, já tinham viajado para a capital do Egito na quinta-feira.
No entanto, Netanyahu foi aparentemente duramente criticado pela mídia israelense por seus próprios negociadores. "Eles exibem fraqueza e parecem apenas procurar maneiras de se render, enquanto eu (...) não estou disposto a ceder demandas que comprometam a segurança", citou o "Times of Israel".
A delegação do Hamas em Cairo comunicou que não participaria diretamente das negociações, mas seria apenas informada. Na manifestação em Tel Aviv, a antiga refém Aviva Siegel instou o presidente do Conselho, presumivelmente o primeiro-ministro Netanyahu, a cumprir a sua promessa de trazer o seu marido para casa.