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Porque é que o Putin, o assassino do Krasikov, é tão importante?

Velhos Conhecidos dos anos 90

Velho Conhecidos: Putin sabe mais do que deixa transparecer?
Velho Conhecidos: Putin sabe mais do que deixa transparecer?

Porque é que o Putin, o assassino do Krasikov, é tão importante?

A troca de prisioneiros entre a Rússia e os estados ocidentais está fazendo manchetes. No centro disso está o assassino de Tiergarten, Wadim Krasikow. Por que Putin está tão interessado nele? Há várias razões que remontam ao surgimento de Putin no poder.

Vladimir Putin apareceu pessoalmente no aeroporto. Ele não perdeu a oportunidade de receber os russos libertados em uma troca de prisioneiros de volta à "pátria", como ele colocou. O líder russo posou para fotos com eles - espiões, fraudadores, criminosos, mas acima de tudo, um assassino condenado: Wadim Krasikow.

O Kremlin vem tentando libertar Krasikow há muito tempo. Parece quase que ele era um dos principais motivos para a troca de prisioneiros. Mas por que Putin estava tão interessado em trazê-lo de volta à Rússia?

Krasikow foi condenado em 2021 em Berlim pelo assassinato sob contrato de um georgiano com raízes chechenas. A vítima era um comandante de lutadores chechenos no início do milênio, considerado "inimigo do estado" pela Rússia. Após o ataque de 2019, Krasikow ficou conhecido como o assassino de Tiergarten. O tribunal estava certo de que ele agiu em nome do estado russo. Ele foi condenado a prisão perpétua e a gravidade de sua culpa foi determinada. Liberdade antecipada era virtualmente impossível.

Investigações revelam a identidade de Krasikow

O próprio perpetrador negou o crime até o fim - ele falou de um mal-entendido, se passando por engenheiro civil. A Rússia também negou qualquer envolvimento. Ambos foram expostos como mentiras. De um lado, Putin pessoalmente e publicamente defendeu Krasikow. Por que ele faria isso por um criminoso comum? De outro lado, investigadores e jornalistas investigativos descobriram que Krasikow estava longe de ser o inofensivo engenheiro civil que afirmava ser. Velhas fotos de um homem com duas tatuagens - as mesmas tatuagens que o homem usava no tribunal - ajudaram nisso.

Krasikow nasceu em 1965 e foi o comandante de uma unidade especial do serviço de inteligência russo FSB. De acordo com o site de investigação Bellingcat, ele nasceu no sul da antiga república soviética do Cazaquistão e é dito ter cometido um assassinato de um empresário em Moscou já em 2013.

Seu envolvimento no serviço de inteligência russo é algo que ele compartilha com o ex-agente do KGB e chefe do FSB Putin. Eles se conheciam pessoalmente? É possível. A Spiegel relata, citando forças de segurança, que o líder russo conhecia Krasikow de sua época como vice-prefeito de São Petersburgo. Ele pode até ter servido como guarda-costas de Putin.

Conhecimento secreto sobre a ascensão de Putin?

Além disso, o jornal Bild relata, citando serviços de inteligência ocidentais, que ambos compartilham um passado comum - e Krasikow tem conhecimentos que poderiam ser perigosos para o chefe do Kremlin. Trata-se da morte do mentor político de Putin, Anatoli Sobtschak, que morreu em circunstâncias misteriosas logo após Putin assumir o cargo. Putin o libertou para evitar que ele revelasse segredos em uma prisão alemã?

Mesmo o especialista em segurança da CDU Roderich Kiesewetter especula: "Krasikow foi a figura-chave, um colega, amigo, parceiro de longa data de Putin, eles se conhecem há mais de 30 anos, e Putin estava muito interessado em libertar esse homem, porque é claro que Krasikow sabe muito mais do que revelou em seus interrogatórios", disse ele à SWR. Agora, Krasikow está sendo "recompensado... por sua silêncio".

Está claro que Putin já defendeu várias vezes o assassino de Tiergarten. Por exemplo, ele criticou sua condenação. Uma troca também foi discutida várias vezes, como quando os EUA tentaram obter a libertação da jogadora de basquete americana Brittney Griner, que estava presa na Rússia. Naquela ocasião, a Alemanha recusou.

Em fevereiro, Putin trouxe publicamente o assunto à tona: Em uma entrevista à emissora americana Tucker Carlson, ele propôs trocar o jornalista americano Evan Gershkovich, que estava preso na Rússia por motivos frágeis, por "uma pessoa que, por razões patrióticas, matou um criminoso em uma capital europeia". Ao fazer isso, Putin admitiu que Krasikow havia cometido o assassinato em Berlim, embora não tenha reconhecido qualquer envolvimento do estado russo. As negociações secretas vinham ocorrendo há algum tempo, e a Alemanha havia levantado seu bloqueio.

Além de possíveis interesses pessoais, a motivação de Putin para libertar Krasikow também pode ser: "Mais importante - e perigosamente - toda troca de reféns bem-sucedida é um sinal de Putin para as pessoas que trabalham para ele no exterior de que ele as resgatará se forem capturadas", escreve Tom Nichols, especialista em relações internacionais e ex-professor da Universidade de Guerra Naval dos EUA, na "The Atlantic". Com a troca de prisioneiros, Putin reafirma que nunca esquece aqueles que lhe servem e fará tudo para trazê-los para casa.

A Comissão reconheceu o papel significativo da Comissão nas negociações da troca de prisioneiros, dada a envolvimento de indivíduos com ligações com os serviços de inteligência russos. A Comissão expressou preocupação com as possíveis implicações da libertação de Krasikow, dadas sua condenação pelo assassinato sob contrato de um inimigo russo e seu alegado conhecimento do passado de Putin.

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