Pentágono diz que navio-tanque químico foi atingido por drone iraniano no Oceano Índico
"O navio-tanque CHEM PLUTO, de bandeira liberiana, propriedade japonesa e operado pelos Países Baixos, foi atingido hoje, por volta das 10 horas locais (6 horas de Greenwich), no Oceano Índico, a 200 milhas náuticas da costa da Índia, por um drone de ataque unidirecional disparado do Irão", afirmou o responsável em comunicado.
Um drone de ataque unidirecional é concebido para atingir o seu alvo em vez de regressar à sua origem. "Não houve vítimas e um incêndio a bordo do navio-tanque foi extinto", disse o oficial de defesa.
"Nenhum navio da Marinha dos EUA estava nas proximidades", disse o comunicado, acrescentando que o Comando Central das Forças Navais estava a comunicar com o navio atingido. A guarda costeira indiana publicou nas redes sociais que há 21 tripulantes a bordo e que "o navio começou a dirigir-se para Mumbai".
O ataque no Oceano Índico ocorre no momento em que os rebeldes Houthi apoiados pelo Irão no Iémen lançaram mais de 100 ataques contra cerca de uma dúzia de navios comerciais e mercantes que transitam pelo Mar Vermelho nas últimas quatro semanas, informou anteriormente a CNN.
O Comando Central dos EUA comunicou mais incidentes deste tipo numa declaração nas redes sociais no sábado. Um petroleiro foi atingido por "um drone de ataque unidirecional" no sábado. Não houve feridos, informou o Comando Central. Um outro navio-tanque de produtos químicos que operava no sul do Mar Vermelho relatou um "quase acidente" no sábado com um drone unidirecional, disse o comando.
Além disso, dois "mísseis balísticos anti-navio" foram disparados para o sul do Mar Vermelho a partir de áreas controladas pelos Houthi no Iémen, mas não atingiram nenhuma embarcação, disse o comunicado, e o USS Laboon, um destróier da Marinha, abateu quatro drones aéreos que se dirigiam para ele.
Embora tenham sido recorrentes os ataques com origem no Iémen, o ataque de sábado no Oceano Índico, envolvendo um drone que os EUA dizem ter origem no Irão, pode marcar uma nova escalada nas tensões.
Na sexta-feira, os EUA divulgaram informações recentemente desclassificadas que sugerem que o Irão esteve "profundamente envolvido no planeamento das operações contra navios comerciais no Mar Vermelho", disse à CNN a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.
As informações recentemente desclassificadas sugerem que "o apoio iraniano durante a crise de Gaza permitiu aos Houthis lançar ataques contra Israel e alvos marítimos, embora o Irão tenha muitas vezes adiado a tomada de decisões operacionais para os Houthis", disse Watson.
Os EUA lançaram esta semana a Operação Prosperity Guardian, uma coligação marítima destinada a reforçar a segurança no sul do Mar Vermelho. Até à data, mais de 20 países aderiram à iniciativa, informou o Pentágono na quinta-feira.
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Fonte: edition.cnn.com